Autocuidado e rede de suporte às pessoas com diabetes: habilidades adaptativas e adversidades
Self care and support network for people with diabetes: adaptive skills and adversities
Red de autocuidado y apoyo para personas con diabetes: habilidades de adaptación y adversidades

Rev. urug. enferm; 17 (1), 2022
Publication year: 2022

Objetivo:

compreender as adversidades e habilidades adaptativas vivenciadas por pessoas com diabetes mellitus.

Metodologia:

estudo de caso único com abordagem qualitativa, realizado com pessoas com diabetes, participantes em um grupo de educação em saúde vinculado a um Hospital Universitário da região sul do Brasil. Para coleta de dados, entre maio e junho de 2019, foi aplicada a Escala Problems Areas in Diabetes, cujos dados foram analisados, conforme recomendação de pontuação do instrumento; entrevista semiestruturada e observação participante submetidas à análise de conteúdo. O suporte teórico deste estudo foi a Teoria da Resiliência Aplicada a Sistemas Socioecológicos e estudos que abordam as práticas de autocuidado.

Resultados:

o caso único inclui cinco participantes. O score médio segundo a Escala Problems Areas in Diabetes foi de 48,0. O score individual indicou elevado impacto emocional relacionado ao viver com diabetes. Dos cinco participantes, três ultrapassaram o score máximo desejável (40 pontos): 81,25; 65; 57,5, 28,75 e 7,5.

Da análise de conteúdo emergiram duas categorias:

“Desafios para o autocuidado”, com destaque à alimentação, tratamento farmacológico e monitorização do diabetes; “Rede de suporte para o enfrentamento das adversidades”, com destaque o apoio dos familiares, amigos e profissionais da saúde.

Conclusão:

o conhecimento das adversidades e habilidades adaptativas das pessoas com diabetes contribui para compreensão do processo de resiliência, práticas de autocuidado e melhores práticas de saúde.

Objetivo:

comprender las adversidades y habilidades adaptativas que experimentan las personas con diabetes mellitus.

Metodología:

estudio de caso único con abordaje cualitativo, realizado con personas con diabetes, participantes de un grupo de educación en salud vinculado a un Hospital Universitario en el sur de Brasil. Para la recolección de datos, entre mayo y junio de 2019 se aplicó la Escala de Áreas de Problemas en Diabetes, cuyos datos fueron analizados de acuerdo con la recomendación de puntaje del instrumento; entrevista semiestructurada y observación participante sometida a análisis de contenido. El soporte teórico de este estudio fue la Teoría de la Resiliencia Aplicada a Sistemas Socioecológicos y estudios que abordan las prácticas de autocuidado.

Resultados:

el caso único incluyó a cinco participantes. La puntuación media según la Escala de áreas problemáticas en la diabetes fue de 48,0. La puntuación individual indicó un alto impacto emocional relacionado con vivir con diabetes. De los cinco participantes, tres superaron la puntuación máxima deseable (40 puntos): 81,25; sesenta y cinco; 57,5, 28,75 y 7,5.

Del análisis de contenido surgieron dos categorías:

“Desafíos para el autocuidado”, con énfasis en la nutrición, el tratamiento farmacológico y el seguimiento de la diabetes; “Red de apoyo para afrontar la adversidad”, destacando el apoyo de familiares, amigos y profesionales de la salud.

Conclusión:

el conocimiento de la adversidad y las habilidades de adaptación de las personas con diabetes contribuye a la comprensión del proceso de resiliencia, las prácticas de autocuidado y las mejores prácticas de salud.

Objective:

to understand the adversities and adaptive skills experienced by people with diabetes mellitus.

Method:

single-case study with qualitative approach, carried out with people with diabetes, participating in a health education group linked to a University Hospital in the south of Brazil. For data collection, between May and June 2019, the Problems Areas in Diabetes Scale was applied, with analysis according to the instrument’s scoring recommendation; semi-structured interview and participant observation submitted to content analysis. The theoretical support of this study was the Theory of Resilience Applied to Socio-ecological Systems and studies related to self-care practices.

Results:

the single-case included five participants. The average score according to the Problems Areas in Diabetes Scale was 50.75, the individual score indicated a high emotional impact related to living with diabetes. Of the five participants, three exceeded the maximum desirable score (40 points): 81.25; 67.5; 65; 32.5 and 7.5. From the content analysis, two categories emerged: “Challenges for self-care”, with emphasis on food, pharmacological treatment and monitoring of diabetes; “Support network for coping with adversity”, with emphasis on the support of family members, friends and health professionals.

Conclusion:

the knowledge of adversities and adaptive skills of people with diabetes contributes to understanding the resilience process, self-care practices and best health practices.