Enferm. foco (Brasília); 12 (6), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
construir um modelo preditivo de avaliação do tempo entre o diagnóstico do Vírus da imunodeficiência humana e primeira hospitalização. Método:
estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, com amostra de 200 prontuários de pessoas com Síndrome da imunodeficiência adquirida, acompanhadas em serviço especializado. Realizada análise da sobrevida através do estimador Kaplan-Meier, modelo paramétrico de Weibull e semi paramétrico de Cox. Resultados:
houve diferenças significativas no tempo entre diagnóstico e hospitalização, no que se refere à faixa etária, orientação sexual, registro de descontinuidade da terapia e ao número de consultas médicas e multidisciplinar. O modelo de Weibull apresentou como covariável significativa o registro de descontinuidade da terapia. No modelo de Cox, as variáveis ocupação, uso de álcool e psicotrópicos, contagem de linfócitos T-CD4+, carga viral e antecedentes psiquiátricos foram significativas para explicar o risco de hospitalização. Conclusão:
foi possível identificar os fatores de risco e de proteção para o desfecho hospitalização. Os modelos também apontaram fatores que influenciam no tempo entre o diagnóstico do Vírus da Imunodeficiência humana e primeira hospitalização, e possibilitaram uma discussão enriquecedora acerca dos aspectos intrínsecos aos cuidados em saúde das pessoas vivendo com o vírus e a doença. (AU)
Objective:
To build an evaluation predictive model of time between Human Immunodeficiency Virus diagnosis and first hospitalization. Methods:
An epidemiological, descriptive, and retrospective study, with a sample of 200 medical records of people with Acquired Immunodeficiency Syndrome, monitored in a specialized service. Survival analysis was performed using the Kaplan-Meier estimator, the Weibull parametric model, and the Cox semi-parametric model. Results:
There were significant differences in time between diagnosis and hospitalization regarding age, sexual orientation, therapy discontinuation records, and the number of medical and multidisciplinary consultations. The Weibull model presented the record of therapy discontinuity as a significant co-variable. In the Cox model, the occupation, alcohol and psychotropic use, T-CD4+ lymphocyte count, viral load, and psychiatric history variables were significant to explain the risk of hospitalization. Conclusion:
It was possible to identify the risk and protection factors for the outcome hospitalization. The models also pointed out factors that influence the time between human immunodeficiency virus diagnosis and first hospitalization, and enabled an enriching discussion about the intrinsic aspects of health care for people living with the virus and the disease. (AU)
Objetivo:
Construir un modelo predictivo para evaluar el tiempo entre el diagnóstico de Virus da Inmunodeficiencia humana y la primera hospitalización. Métodos:
Estudio epidemiológico, descriptivo, retrospectivo, con una muestra de 200 historias clínicas de personas con Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida, seguido de un servicio especializado. El análisis de supervivencia se realizó mediante el estimador de Kaplan Meier, el modelo paramétrico de Weibull y el modelo semiparamétrico de Cox. Resultados:
Hubo diferencias significativas en el tiempo entre el diagnóstico y la hospitalización, en cuanto al grupo de edad, orientación sexual, historial de discontinuidad de la terapia y número de consultas médicas y multidisciplinarias. El modelo de Weibull presentó la discontinuidad de la terapia como una covariable significativa. En el modelo de Cox, las variables ocupación, consumo de alcohol y psicofármacos, recuento de linfocitos T-CD4 +, carga viral e historia psiquiátrica fueron significativas para explicar el riesgo de hospitalización. Conclusión:
Fue posible identificar los factores de riesgo y de protección para el resultado de la hospitalización. Los modelos también señalaron los factores que influyen en el tiempo que transcurre entre el diagnóstico del virus de la inmunodeficiencia humana y la primera hospitalización, y permitieron un debate enriquecedor sobre los aspectos intrínsecos de la atención sanitaria a las personas que viven con el virus y la enfermedad. (AU)