Abortamento: uma análise situacional
Abortion: a situational analysis

Rev. enferm. UFPI; 9 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

analisar a situação de abortamentos ocorridos em uma maternidade pública.

Metodologia:

estudo descritivo, documental, retrospectiva e transversal, com abordagem quantitativa, realizado em uma maternidade pública de referência no município de Caxias – Maranhão. A população foi composta por 147 mulheres admitidas na maternidade com diagnóstico de abortamento. As informações foram coletadas nos prontuários na referida maternidade, utilizando um formulário. Os dados foram analisados com base em frequências absolutas e percentuais. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Maranhão sob número de parecer 3.446.360.

Resultados:

a maioria das mulheres estudadas tinham entre 20 e 34 anos; eram casadas; residiam na zona rural; não desenvolviam trabalho remunerado; tinham entre 1 e 9 anos de estudo; não haviam iniciado acompanhamento pré-natal; eram multíparas, sem histórico de abortamentos e estavam no primeiro trimestre de gestação. Os abortamentos foram classificados em sua maioria como incompletos e o procedimento mais realizado foi a curetagem.

Conclusão:

o abortamento constitui-se um importante problema de saúde pública, fazendo-se necessário, o desenvolvimento de políticas públicas com ênfase na prevenção de gravidez indesejada, adequado planejamento familiar e captação precoce da gestante para acompanhamento pré-natal.

Objective:

to analyze the situation of abortions in a public maternity.

Methodology:

this is a descriptive, documentary, retrospective and transversal study, with a quantitative approach, carried out in a public maternity of reference in the city of Caxias - Maranhão. The population consisted of 147 women admitted to the maternity hospital diagnosed with abortion. Information was collected from medical records at the referred maternity hospital, using a form. The data were analyzed based on absolute frequencies and percentages. The study was submitted to and approved by the Ethics and Research Committee of the State University of Maranhão under opinion number 3,446,360.

Results:

most of the women studied were between 20 and 34 years old; they were married; lived in the countryside; they did not carry out paid work; had between 1 and 9 years of study; they had not started prenatal care; they were multiparous, with no history of abortions and were in the first trimester of pregnancy. Most abortions were classified as incomplete and the most performed procedure was curettage.

Conclusion:

abortion is an important public health problem, making it necessary to develop public policies with an emphasis on preventing unwanted pregnancies, adequate family planning and early capture of pregnant women for prenatal care.