Assistência obstétrica em maternidade pública: análise comparativa de duas coortes
Atención obstétrica en maternidad pública: análisis comparativo de dos cohortes
Obstetric care in public maternity hospitals: comparative analysis of two cohort studies

Ciênc. cuid. saúde; 20 (), 2021
Publication year: 2021

RESUMO Objetivo:

comparar a assistência ao trabalho de parto e nascimento em duas coortes de uma maternidade pública segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Método:

estudo quantitativo transversal aninhado a duas coortes, 2013 e 2017. Coleta de dados em prontuários e entrevistas com puérperas. Análise estatística, aplicou-se o teste de associação do Qui-quadrado, nível de significância de 5% e, para verificar possíveis associações (p≤0,05) e nos resultados com p<0,020, realizou-se regressão logística.

Resultados:

662 mulheres participaram do estudo, sendo 432 em 2013 e 230 em 2017. Apenas 15,2% das mulheres haviam realizado visita à maternidade antes do parto e, em 2017, passou para 27% (OR=2,041 IC95% 1,379-3,020). A preferência para o parto normal aumentou em 1,6%, sendo, em 2013, 78,8% e, em 2017, 80,4%. A oferta do banho relaxante aumentou 0,5% em 2017 (63%), dessas parturientes, 66,2% evoluíram para parto normal. O uso de ocitocina para indução do trabalho de parto diminuiu 2,9% (2017). A presença do acompanhante aumentou em 2017 (91,8%) (OddsRatio= 1,861 IC95% 1,083-3,197) (p=0,014).

Conclusão:

em 2017, observou-se que as recomendações da Organização Mundial da Saúde foram mais utilizadas em comparação ao ano de 2013. Apesar disso, ainda não atenderam à totalidade das práticas amplamente recomendadas.

RESUMEN Objetivo:

comparar la asistencia al trabajo de parto y nacimiento en dos cohortes de una maternidad pública según las recomendaciones de la Organización Mundial de la Salud.

Método:

estudio cuantitativo transversal anidado a dos cohortes, 2013 y 2017. Recolección de datos en registros médicos y entrevistas con puérperas. Análisis estadístico, se aplicó laprueba de asociación del Chi-cuadrado, nivel de significancia del 5% y, para verificar posibles asociaciones (p 0,05) y en los resultados con p<0,020, se realizó regresión logística.

Resultados:

662 mujeres participaron del estudio, siendo 432 en 2013 y 230 en 2017. Solo el 15,2% de las mujeres había realizado visita a la maternidad antes del parto y, en 2017, pasó a 27% (OR=2,041 IC95% 1,379-3,020). La preferencia por el parto normal aumentó en un 1,6%, siendo, en 2013, 78,8% y, en 2017, 80,4%. La oferta de baño relajante aumentó un 0,5% en 2017 (63%), de estas parturientas, 66,2% evolucionaron hacia el parto normal. El uso de oxitocina para la inducción del trabajo de parto disminuyó un 2,9% (2017). La presencia del acompañante aumentó en 2017 (91,8%) (OddsRatio= 1,861 IC95% 1,083-3,197) (p=0,014).

Conclusión:

en 2017, se observó que las recomendaciones de la Organización Mundial de la Salud fueron más utilizadas en comparación con el año 2013. A pesar de ello, todavía no han tenido en cuenta todas las prácticas ampliamente recomendadas.

Abstract Objective:

to compare care during labor and birth in two cohortstudies of a public maternity hospital according to the recommendations of the World Health Organization.

Method:

this is a quantitative cross-sectional study nested in two cohortstudies, 2013 and 2017. The data collection was from medical records and interviews with mothers. Statistical analysis was performed using the Chi-square test of association, with a significance level of 5% and, to verify possible associations (p≤0.05) and logistic regression was performed in the results with p<0.020.

Results:

In this study, 662 women participated, 432 in 2013 and 230 in 2017. Only 15.2% of women had visited the maternity ward before delivery and, in 2017, it increased to 27% (OR=2.041 95%CI 1.379-3.020). The preference for vaginal delivery increased by 1.6%, being, in 2013, 78.8% and, in 2017, 80.4%. The offer of relaxing baths increased by 0.5% in 2017 (63%), of these parturient women, 66.2% progressed to normal delivery. The use of oxytocin to induce labor decreased by 2.9% (2017). The presence of a companion increased in 2017 (91.8%) (odds ratio= 1.861 95%CI 1.083-3.197) (p=0.014).

Conclusion:

in 2017, the recommendations of the World Health Organization were more used than in 2013. Despite this, they still did not meet all the widely recommended practices.