Associação entre peso ao nascer, idade gestacional e diagnósticos secundários na permanência hospitalar de recém-nascidos prematuros
Asociación entre peso al nacimiento, edad gestacional y diagnóstico secundario en estancia hospitalaria de recién nacido prematuro
Association between birth weight, gestational age and secondary diagnoses in the hospital stay of premature newborns

REME rev. min. enferm; 26 (), 2022
Publication year: 2022

RESUMO Objetivo:

verificar a associação entre peso ao nascer, idade gestacional e diagnósticos médicos secundários no tempo de permanência hospitalar de recém-nascidos prematuros.

Métodos:

estudo transversal, com 1.329 prontuários de recém-nascidos no período de julho de 2012 a setembro de 2015, em dois hospitais de Belo Horizonte, que utilizam o sistema Diagnosis Related Groups Brasil. Para determinar um ponto de corte para o peso ao nascer e a idade gestacional no nascimento que melhor determinasse o tempo de internação, foi utilizada a curva Receive Operator Characteristic. Posteriormente, utilizou-se o teste de análise de variância e teste de Duncan para a comparação entre a média de tempo de permanência hospitalar.

Resultados:

a prematuridade sem problemas maiores (DRG 792) foi a categoria mais prevalente (43,12%). O maior tempo médio de internação foi de 34,9 dias, identificado entre os recém-nascidos prematuros ou com síndrome da angústia respiratória (DRG 790). A combinação de menor peso ao nascer e menor IG ao nascimento apresentou o maior risco de permanência hospitalar, aumentada quando comparados aos demais perfis formados para esse DRG.

Conclusão:

os achados poderão direcionar a assistência em relação à mobilização de recursos físicos, humanos e de bens de consumo, além da análise crítica de condições que influenciam os desfechos clínicos. A possibilidade da otimização do uso desses recursos hospitalares aliada à melhoria da qualidade dos atendimentos e da segurança dos pacientes está associada à minimização do tempo de permanência hospitalar e da carga de morbidade e mortalidade neonatal.

RESUMEN Objetivo:

verificar la asociación entre el peso al nacer, la edad gestacional y los diagnósticos médicos secundarios en la duración de la estancia hospitalaria de los recién nacidos prematuros.

Métodos:

estudio transversal, con 1.329 registros de recién nacidos de julio de 2012 a septiembre de 2015, en dos hospitales de Belo Horizonte, que utilizan el sistema Diagnosis Related Groups Brasil. Para determinar un punto de corte para el peso al nacer y la edad gestacional al nacer que mejor determina la duración de la estadía, se utilizó la curva Receive Operator Characteristic. Posteriormente, se utilizó la prueba de análisis de varianza y la prueba de Duncan para comparar la duración media de la estancia hospitalaria.

Resultados:

la prematuridad sin mayores problemas (DRG 792) fue la categoría más prevalente (43,12%). La estancia media más larga fue de 34,9 días, identificada entre los recién nacidos prematuros o aquellos con síndrome de dificultad respiratoria (DRG 790). La combinación de menor peso al nacer y menor IG al nacer presentó el mayor riesgo de estancia hospitalaria, que se incrementó en comparación con los otros perfiles formados para este DRG.

Conclusión:

los hallazgos pueden orientar la atención en relación con la movilización de recursos físicos, humanos y de bienes de consumo, además del análisis crítico de las condiciones que influyen en los resultados clínicos. La posibilidad de optimizar el uso de estos recursos hospitalarios, aliada a mejorar la calidad de la atención y la seguridad del paciente, está asociada a minimizar la duración de la estancia hospitalaria y la carga de morbilidad y mortalidad neonatal.

ABSTRACT Objective:

to verify the association between birth weight, gestational age, and secondary medical diagnoses in the length of hospital stay of premature newborns.

Methods:

cross-sectional study, with 1,329 medical records of newborns from July 2012 to September 2015, in two hospitals in Belo Horizonte, which use the Diagnosis Related Groups Brasil system. To determine a cutoff point for birth weight and gestational age at birth that best determined the length of hospital stay, the Receive Operator Characteristic curve was used. Subsequently, the analysis of variance test and Duncan's test were used to compare the mean length of hospital stay.

Results:

prematurity without major problems (DRG792) was the most prevalent category (43.12%). The longest mean length of hospital stay was 34.9 days, identified among preterm infants or infants with respiratory distress syndrome (DRG 790). The combination of lower birth weight and lower GA at birth presented the highest risk of hospital stay, increased when compared to the other profiles formed for this DRG.

Conclusion:

the findings may direct assistance in relation to the mobilization of physical, human and consumer goods resources, in addition to the critical analysis of conditions that influence clinical outcomes. The possibility of optimizing the use of these hospital resources, allied to improving the quality of care and patient safety, is associated with minimizing the length of hospital stay and the burden of neonatal morbidity and mortality.