REME rev. min. enferm; 26 (), 2022
Publication year: 2022
RESUMO Objetivo:
analisar o cotidiano de trabalho dos profissionais de saúde de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com ênfase nos estressores ocupacionais relacionados à pandemia de COVID-19. Método:
estudo de caso qualitativo, fundamentado no referencial teórico-metodológico de Michel de Certeau acerca do cotidiano, realizado em uma UPA porte II do interior de Minas Gerais, Brasil. Foi realizada triangulação de dados, com observações, entrevistas com 31 profissionais e análise documental. Os dados foram organizados no MAXQDA2020® e submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Resultados:
o cotidiano da UPA foi alterado pela pandemia e a instituição passou por adaptações para atender os casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, com novas estratégias de funcionamento e redefinição do mapa da assistência. Os estressores ocupacionais identificados foram falta de clareza nas informações iniciais sobre a doença, medo de se contaminarem ou a familiares, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), testagem, afastamento e sobrecarga de profissionais, risco de falta de medicamentos e estigmatização dos profissionais de saúde. Por outro lado, disponibilidade de EPIs, queda do número de atendimentos, orientações e treinamentos foram fatores protetores contra o estresse. Ademais, alguns profissionais adotaram táticas para amenizar os estressores decorrentes da pandemia. Conclusão:
o cotidiano da UPA foi alterado e o estresse ocupacional relacionado à pandemia acomete profissionais de saúde. Medidas de proteção da saúde mental são necessárias para que possam enfrentar a grave crise sanitária, com vistas à prevenção do sofrimento, melhor qualidade de vida no trabalho e melhores condições laborais e de atendimento aos usuários.
RESUMEN Objetivo:
analizar el trabajo diario de los profesionales de la salud en una Unidad de Cuidados de Emergencia (UPA), con énfasis en los estresores ocupacionales relacionados con la pandemia de COVID-19. Método:
estudio de caso cualitativo, basado en el marco teórico-metodológico de Michel de Certeau sobre la vida cotidiana, realizado en una UPA tamaño II en el interior de Minas Gerais, Brasil. Se realizó triangulación de datos, con observaciones, entrevistas a 31 profesionales y análisis de documentos. Los datos se organizaron en MAXQDA2020® y sometidos al análisis de contenido de Bardin. Resultados:
la vida cotidiana de la UPA fue modificada por la pandemia y la institución fue adaptada para atender casos sospechosos o confirmados de COVID-19, con nuevas estrategias operativas y redefinición del mapa de atención. Los estresores ocupacionales identificados fueron falta de claridad en la información inicial sobre la enfermedad, miedo a contaminarse o de familiares, uso de equipo de protección personal (EPI), pruebas, baja y sobrecarga de profesionales, riesgo de falta de medicación y estigmatización de los profesionales de la salud. Por otro lado, la disponibilidad de EPP, la disminución del número de consultas, la orientación y la formación fueron factores protectores frente al estrés. Además, algunos profesionales adoptaron tácticas para aliviar los factores estresantes resultantes de la pandemia. Conclusión:
la vida diaria de la UPA cambió y el estrés laboral relacionado con la pandemia afecta a los profesionales de la salud. Las medidas de protección de la salud mental son necesarias para que puedan afrontar la grave crisis sanitaria, con el fin de prevenir el sufrimiento, mejorar la calidad de vida en el trabajo y mejores condiciones de trabajo y servicio para los usuarios.
ABSTRACT Objective:
to analyze the daily work of health professionals in an Emergency Care Unit (ECU), with an emphasis on occupational stressors related to the COVID-19 pandemic. Method:
qualitative case study, based on Michel de Certeau's theoretical-methodological framework about everyday life, carried out in a ECU size II in the countryside of Minas Gerais, Brazil. Data triangulation was performed, with observations, interviews with 31 professionals and document analysis. Data were organized in MAXQDA2020® and submitted to Bardin's content analysis. Results:
the daily life in the ECU was changed by the pandemic and the institution underwent adaptations to attend to suspected or confirmed cases of COVID-19, with new operating strategies and redefinition of the assistance map. The occupational stressors identified were lack of clarity in the initial information about the disease, fear of contaminating themselves or family members, use of personal protective equipment (PPE), testing, removal and overload of professionals, risk of lack of medication and stigmatization of professionals of health. On the other hand, availability of PPE, drop in the number of visits, guidance and training were protective factors against stress. In addition, some professionals have adopted tactics to alleviate the stressors arising from the pandemic. Conclusion:
the routine of the ECU has changed and the occupational stress related to the pandemic affects health professionals. Mental health protection measures are necessary so that they can face the serious health crisis, with a view to preventing suffering, better quality of life at work and better working conditions and service to users.
