Violência obstétrica: uma prática vivenciada por mulheres no processo parturitivo
Obstetric violence: a practice experienced by women in the parturition process
Violencia obstétrica: una práctica experimentada por las mujeres en el proceso de parto

Rev. enferm. UFPE on line; 16 (1), 2022
Publication year: 2022

Objetivo:

identificar a prática da violência obstétrica vivenciada no processo da parturição.

Método:

pesquisa de campo, exploratória-descritiva com abordagem quantitativa e realizada nas Unidades de Atenção Primária à Saúde de um município do Sudoeste do Paraná. A seleção dos participantes ocorreu por meio de amostragem não probabilística, na qual a coleta de dados se deu entre os meses de maio a julho de 2019, utilizando-se de um questionário fechado. O instrumento foi aplicado a 157 puérperas, independentemente do período puerperal, nas unidades de saúde. Os dados receberam tratamento estatístico-descritivo pelo programa Statistical Package for the Social Sciences versão 25.0, e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética.

Resultados:

observou-se que 52,9% realizaram cesariana e 5,1% relataram que os gritos e críticas, por parte dos profissionais de saúde, ocorreram de forma intensa. Acerca dos atos de violência obstétrica, constatou-se a ocorrência da manobra de kristeller (24,2%), toques vaginais frequentes (41,4%), realizados por vários profissionais (31,8%) e a não permissão da ingestão de alimentos ou bebidas durante o trabalho de parto (26,8%).

Conclusão:

há atos violentos nos atendimentos realizados na assistência às parturientes. Ressalta-se, assim, a importância do empoderamento feminino e a adesão às satisfatórias práticas obstétricas.(AU)

Objective:

to identify the practice of obstetric violence experienced in the parturition process.

Method:

exploratory-descriptive field research with a quantitative approach conducted in the Primary Health Care Units of a city in the southwest of Paraná. The selection of participants occurred through non-probability sampling, in which data collection took place between May and July 2019, using a closed questionnaire. The instrument was applied to 157 puerperae women, regardless of the puerperal period, in health units. The data received statistical-descriptive treatment by the Statistical Package for the Social Sciences version 25.0. The study was approved by the Ethics Committee.

Results:

it was observed that 52.9% had cesarean sections and 5.1% reported that shouting and criticism by health professionals were intense. About the acts of obstetric violence, the occurrence of kristeller maneuver (24.2%), frequent vaginal touches (41.4%), performed by several professionals (31.8%) and not allowing the ingestion of food or beverages during parturition(26.8%) were observed.

Conclusion:

there are violent acts in the care provided to the parturients. Thus, the importance of female empowerment and adherence to satisfactory obstetric practices is emphasized.(AU)

Objetivo:

identificar la práctica de la violencia obstétrica experimentada en el proceso de parto.

Método:

investigación de campo, exploratoria-descriptiva con enfoque cuantitativo y realizada en Unidades de Atención Primaria de Salud de un municipio del sudoeste de Paraná. La selección de los participantes se produjo a través de un muestreo no probabilístico, en el que la recogida de datos se realizó entre los meses de mayo y julio de 2019, mediante un cuestionario cerrado. El instrumento se aplicó a 157 puérperas, independientemente del período puerperal, en unidades de salud. Los datos recibieron tratamiento estadístico-descriptivo mediante el Statistical Package for the Social Sciences versión 25.0. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética.

Resultados:

se observó que el 52,9% realizó la cesárea y el 5,1% relató que los gritos y las críticas, por parte de los profesionales de la salud, se produjeron de forma intensiva. Sobre los actos de violencia obstétrica, se observó la ocurrencia de la maniobra de kristeller (24,2%), toques vaginales frecuentes (41,4%), realizados por varios profesionales (31,8%) y no permitir la ingesta de alimentos o bebidas durante el parto (26,8%).

Conclusión:

hay ataques violentos en las atenciones realizadas en la asistencia a las parturientas. Resalta, pues, la importancia del empoderamiento femenino y la adhesión a las prácticas obstétricas satisfactorias.(AU)