Aspects related to health literacy, self-care and compliance with treatment of people living with HIV
Aspectos relacionados ao letramento em saúde, autocuidado e adesão ao tratamento de pessoas vivendo com HIV
Aspectos relacionados ao letramento em saúde, autocuidado e adesão ao tratamento de pessoas vivendo com HIV

Rev. Esc. Enferm. USP; 56 (), 2022
Publication year: 2022

ABSTRACT Objective:

to verify the relationship between health literacy, compliance with antiretroviral therapy and self-care of people living with HIV.

Method:

this is a cross-sectional study, developed between January and July 2019, using validated scales on health literacy (SAHLPA), compliance (CEAT-HIV) and self-care (EACAC).

Results:

a total of 303 people enrolled in three HIV outpatient care services participated in the study, with a satisfactory level of literacy (52.5%), excellent level of self-care (62.9%) and strict compliance with antiretroviral therapy (57.1%). The illiterate had insufficient medication compliance, when compared with the literate (PR = 1.17). Strict compliance was significant for self-care (p-value < 0.001). A higher risk ratio for illiteracy was associated with females, people with elementary education, who receive benefits, with an income of up to one minimum wage, not having the habit of seeking health information and longer use of ART.

Conclusion:

a relationship was identified between literacy and insufficient compliance. The risk for insufficient medication compliance increases as self-care declines. Social measures that reduce inequities can contribute to improving care for people living with HIV.

RESUMEN Objetivo:

verificar la relación entre la alfabetización en salud, la adherencia a la terapia antirretroviral y el autocuidado de personas que viven con VIH.

Método:

se trata de un estudio transversal, realizado entre enero y julio de 2019, utilizando escalas validadas de alfabetización en salud (SAHLPA), adherencia (CEAT-HIV) y autocuidado (EACAC).

Resultados:

Participaron del estudio 303 personas inscritas en tres servicios de atención ambulatoria de VIH, con nivel de alfabetización satisfactorio (52,5%), nivel de autocuidado excelente (62,9%) y adherencia estricta a la terapia antirretroviral (57,1%). Los analfabetos tenían adherencia insuficiente a la medicación, en comparación con los alfabetizados (RP = 1,17). La adherencia estricta fue significativa para el autocuidado (valor p < 0,001). Una mayor razón de riesgo para el analfabetismo se asoció con el sexo femenino, personas con educación básica, que perciben beneficios, con ingresos de hasta un salario mínimo, que no tienen el hábito de buscar información de salud y mayor uso de la TARV.

Conclusión:

se identificó una relación entre la alfabetización y la adherencia insuficiente. El riesgo de mala adherencia a la medicación aumenta a medida que disminuye el autocuidado. Las medidas sociales que reducen las desigualdades pueden contribuir a mejorar la atención de las personas que viven con el VIH.

RESUMO Objetivo:

verificar a relação entre letramento em saúde, adesão à terapia antirretroviral e autocuidado de pessoas vivendo com HIV.

Método:

trata-se de estudo transversal, desenvolvido entre janeiro e julho de 2019, por meio de escalas validadas sobre letramento em saúde (SAHLPA), adesão (CEAT-HIV) e autocuidado (EACAC).

Resultados:

participaram do estudo 303 pessoas cadastradas em três serviços de atendimento ambulatorial-HIV, apresentando grau satisfatório de letramento (52,5%), ótimo nível de autocuidado (62,9%) e adesão estrita à terapia antirretroviral (57,1%). Os não letrados apresentaram adesão medicamentosa insuficiente, quando comparados com os letrados (RP = 1,17). A adesão estrita foi significativa para o autocuidado (p-valor < 0,001). Uma maior relação de risco para o não letramento esteve associada ao sexo feminino, pessoas com ensino fundamental, que recebem benefícios, com renda de até um salário mínimo, não ter hábito de buscar informações em saúde e maior tempo de uso da TARV. Conclusão identificou-se relação entre o letramento e a adesão insuficiente. O risco para adesão medicamentosa insuficiente aumenta à medida que o autocuidado diminui. Medidas sociais redutoras de iniquidades podem contribuir para melhoria da assistência a pessoas que vivem com HIV.