The experience of trans or transvestite women in accessing public health services
La experiencia de las mujeres trans o travestis en el acceso a los servicios públicos de salud
O vivido de mulheres trans ou travestis no acesso aos serviços públicos de saúde

Rev. bras. enferm; 75 (supl.2), 2022
Publication year: 2022

ABSTRACT Objective:

to understand the meanings of being a trans or transvestite woman in the care provided by Unified Health System health professionals.

Methods:

qualitative research, guided by Heidegger's phenomenology, with 10 trans or transvestitewomen residing and using the Unified Health System in a municipality in Minas Gerais. Fieldwork was carried out by interviews.

Results:

trans or transvestitewomen reproduce the social patterns constructed and accepted by the female, with the search for hormonization being common, and, when it is difficult to obtain a prescription, they resort to self-medication. Social name use and acceptance by health professionals promote recognition. Trans or transvestitewomen experience prejudice on a daily basis, not only by professionals, but also because of the assumption of diagnoses by other users.

Final considerations:

transphobia promotes withdrawal from health services, due to fear, shame, knowledge about professionals' unpreparedness, triggering illness, social exclusion and violence.

RESUMEN Objetivo:

comprender los significados de ser mujer trans o travesti en la atención brindada por profesionales de salud del Sistema Único de Salud.

Métodos:

investigación cualitativa, guiada por la fenomenología de Heidegger, con 10 mujeres trans o travestis residentes y usuarias del Sistema Único de Salud en un municipio de Minas Gerais. El trabajo de campo se llevó a cabo mediante entrevistas.

Resultados:

las mujeres trans o travestis reproducen los patrones sociales construidos y aceptados por la fémina, siendo común la búsqueda de la hormonalización y, cuando es difícil obtener una receta, recurren a la automedicación. El uso y aceptación del nombre social por parte de los profesionales de la salud promueve su reconocimiento. Las mujeres trans o travestis experimentan prejuicios a diario, no solo por parte de los profesionales, sino también por la asunción de diagnósticos por parte de otros usuarios.

Consideraciones finales:

la transfobia promueve el alejamiento de los servicios de salud, por miedo, vergüenza, conocimiento sobre la falta de preparación de los profesionales, desencadenando enfermedades, exclusión social y violencia.

RESUMO Objetivo:

compreender os sentidos de ser mulher trans ou travesti nos atendimentos realizados por profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde.

Métodos:

pesquisa qualitativa, norteada pela fenomenologia de Heidegger, com 10 mulheres trans ou travestis residentes e usuárias do Sistema Único de Saúde de um município mineiro. Trabalho de campo foi realizado por entrevistas.

Resultados:

mulheres trans ou travestis reproduzem os padrões sociais construídos e aceitos ao feminino, sendo comum a busca pela hormonização e, havendo dificuldade em obterem a prescrição, recorrem à automedicação. A utilização e a aceitação do nome social pelos profissionais de saúde promovem seu reconhecimento. Mulheres trans ou travestis vivenciam cotidianamente o preconceito, não somente por profissionais, mas também pela suposição de diagnósticos por outros usuários.

Considerações finais:

a transfobia promove o afastamento dos serviços de saúde, por medo, vergonha, conhecimento sobre o despreparo dos profissionais, desencadeando adoecimento, exclusão social e violência.