Integral health care for transgender adolescents: subsidies for nursing practice
Atenção integral à saúde dos adolescentes transgêneros: subsídios para a prática da Enfermagem
Atención integral a la salud de los adolescentes transgénero: subsidios para la práctica de la Enfermería

Rev. latinoam. enferm. (Online); 30 (spe), 2022
Publication year: 2022

Abstract Objective:

to analyze the integral health care for transgender adolescents from the perspective of their guardians.

Method:

qualitative research based on the Social Network framework proposed by Lia Sanicola, developed with 22 guardians of transgender adolescents in Brazil through semi-structured individual online interviews. The empirical material was analyzed using the content analysis technique, thematic modality.

Results:

lack of ambience was observed, in addition to technical unpreparedness of health professionals in relation to the theme at all levels of care, transphobia, centralization of care in scarce qualified services for transgender children and youth, absence of family support, lack of health promotion actions within the community, especially in the school environment, and the common support from non-governmental initiatives.

Conclusion:

the centralization of actions in scarce specialized services in the country, and the structural transphobia can compromise the integral health care for transgender adolescents. There is an urgent need for a network of care capable of assisting the joint action by multi and interdisciplinary teams, with greater proactivity of the nurse with the transgender adolescent and their guardians in individual and collective actions; ambience; health promotion in schools for visibility and support in Primary Health Care since childhood.

Resumo Objetivo:

analisar a atenção integral à saúde dos adolescentes transgêneros na perspectiva dos seus responsáveis.

Método:

estudo qualitativo fundamentado no referencial Rede Social proposto por Lia Sanicola, desenvolvido com 22 responsáveis por adolescentes transgêneros no Brasil por meio de entrevistas online individuais semiestruturadas. O material empírico foi analisado com a utilização da técnica de análise de conteúdo na modalidade temática.

Resultados:

Foram evidenciados a falta de ambiência e despreparo técnico de profissionais da saúde em relação à temática em todos os níveis de atenção, transfobia, centralização do cuidado em escassos serviços habilitados para pessoas trans no período infantojuvenil, invisibilidade do apoio à família, ausência de ações de promoção da saúde no âmbito comunitário, sobretudo, escolar, e, ainda, o acolhimento promovido, comumente, pelas iniciativas não governamentais.

Conclusão:

a centralização de ações em escassos serviços especializados no país e a transfobia estrutural podem comprometer a atenção integral à saúde dos adolescentes trans. Urge a necessidade de uma linha de cuidado capaz de auxiliar a atuação conjunta por equipe multi e interdisciplinar com maior proatividade do enfermeiro junto ao adolescente trans e seus responsáveis por meio de ações individuais e coletivas; ambiência; promoção da saúde nas escolas para visibilidade e acolhimento na Atenção Primária à Saúde desde a infância.

Resumen Objetivo:

analizar la atención integral a la salud de los adolescentes transgénero desde la perspectiva de sus responsables.

Método:

estudio cualitativo basado en el marco de la Red Social propuesto por Lia Sanicola, desarrollado con 22 responsables de adolescentes transgénero en Brasil a partir de entrevistas en línea individuales semiestructuradas. El material empírico fue analizado mediante la técnica de análisis de contenido, modalidad temática.

Resultados:

se ha evidenciado la falta de ambiente y preparación técnica de los profesionales de la salud con relación al tema en todos los niveles de atención, transfobia, centralización del cuidado en los pocos servicios habilitados para personas trans en el período infantojuvenil, invisibilidad del apoyo a la familia, ausencia de acciones de promoción de la salud en el ámbito comunitario, especialmente en la escuela, y la acogida comúnmente por las iniciativas no gubernamentales.

Conclusión:

la centralización de acciones en los pocos servicios especializados del país y la transfobia estructural pueden comprometer la atención integral en salud de los adolescentes trans. Urge una línea de cuidado capaz de auxiliar la acción conjunta de un equipo multi e interdisciplinario, con mayor proactividad del enfermero con el adolescente transgénero y sus responsables en acciones individuales y colectivas; ambiente; promoción de la salud en las escuelas para la visibilidad y acogida en la Atención Primaria de la Salud desde la infancia.