Fatores sociodemográficos associados ao uso do preservativo na população ribeirinha
Factores sociodemográficos asociados al uso del preservativo en una población ribereña

Av. enferm; 41 (1), 2023
Publication year: 2023

Objetivo:

estimar a prevalência e fatores associados ao uso do preservativo em população ribeirinha.

Materiais e método:

estudo transversal, analítico, realizado com 209 ribeirinhos do estado da Paraíba, Brasil, de junho a outubro de 2019. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual e privativa com a utilização de um questionário estruturado com variáveis sociodemográficas e de comportamento sexual. As análises foram realizadas pela regressão de Poisson e estimadas as razões de prevalência. Análises bivariadas e múltiplas foram utilizadas para identificar associação entre as variáveis sociodemográficas e comportamentais com o uso do preservativo.

Resultados:

a prevalência estimada de uso do preservativo foi de 18,2% (IC: 95% 13,0-23,4). Ribeirinhos com idade maior que 40 anos apresentaram menor probabilidade de uso do preservativo (RP = 0,53; IC: 95% 0,34-0,83). Por sua vez, ribeirinhos com mais de oito anos de estudo apresentaram maior probabilidade de uso do preservativo (RP = 3,94; IC 95% 2,65-5,88).

Conclusões:

a prevalência do uso do preservativo entre os ribeirinhos foi baixa. Entretanto, indivíduos com maior escolaridade apresentaram maiores chances de uso. A prevenção combinada é uma alternativa para o controle das infecções transmissíveis, sendo o preservativo a principal medida de prevenção; portanto, compreender as singu-laridades da população ribeirinha e os fatores de risco para a boa adesão é imprescindível

Objetivo:

estimar la prevalencia y los factores asociados al uso del preservativo en una población ribereña.

Materiales y método:

estudio transversal analítico, realizado con 209 habitantes ribereños del estado de Paraíba, Brasil, entre junio y octubre de 2019. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas individuales y privadas mediante un cuestionario estructurado con variables socio-demográficas y de comportamiento sexual. Los análisis se realizaron utilizando la regresión de Poisson, estimando las razones de prevalencia. Se utilizaron análisis bivariados y múltiples para identificar la asociación entre las variables sociodemográficas y conductuales relacionadas con el uso del preservativo.

Resultados:

la prevalencia estimada del uso de preservativo fue de 18,2 % (IC = 95 % 13,0-23,4). Los habitantes ribereños mayores de 40 años reportaron una menor probabilidad de uso del condón (RP = 0,53; IC del 95 %: 0,34-0,83). Por otro lado, los individuos con más de 8 años de escolaridad fueron más propensos a utilizar preservativo (RP = 3,94; IC 95 %: 2,65-5,88).

Conclusiones:

la prevalencia del uso del preservativo entre la población estudiada fue baja. Sin embargo, aquellos individuos con mayor grado de escolaridad fueron más propensos a emplearlo. La prevención combinada es una alternativa para el control de las infecciones transmisibles, siendo el preservativo la principal medida preventiva. Por lo tanto, resulta fundamental conocer las singularidades de la población ribereña y los factores de riesgo para una buena adherencia.

Objective:

To estimate the prevalence and factors associated with condom use in a riverside population.

Materials and method:

Cross-sectional and analytical study with 209 riverside inhabitants in the state of Paraíba, Brazil, from June to October 2019. Data were collected through individual and private interviews using a structured questionnaire with sociodemographic and sexual behavior-related variables. Analysis was conducted using Poisson regression. Prevalence ratios were estimated. Bivariate and multiple analyzes were used to identify the association between sociodemographic and behavioral variables with condom use.

Results:

The estimated prevalence of condom use was 18.2% (95% CI: 13.0-23.4). Riverside people over 40 years were less likely to use condoms (PR = 0.53; 95% ci: 0.34-0.83). On the other hand, individuals with more than 8 years of schooling were more likely to use condoms (PR = 3.94; 95% CI: 2.65-5.88).

Conclusions:

The prevalence of condom use among participants was low. However, individuals with higher education attainment were more likely to use it. Combined prevention is an alternative to control communicable infections, with condoms being the main prevention measure. Consequently, understanding the singularities of similar populations and the risk factors for good adherence to condom use is essential.