Prevalência de exposição às situações de violência vividas por estudantes adolescentes brasileiros
Prevalencia de la exposición a situaciones de violencia entre los estudiantes adolescentes brasileños
Prevalence of the exposure to situations of violence experienced by brazilian in-school adolescents

REME rev. min. enferm; 26 (), 2022
Publication year: 2022

RESUMO Objetivo:

descrever e comparar os indicadores de exposição a situações de violência vividas por estudantes adolescentes, de acordo com sexo, tipo de escola e unidades federadas nos anos de 2015 e 2019.

Métodos:

estudo transversal, descritivo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Foram descritas e comparadas as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) dos indicadores de exposição às situações de violência envolvendo adolescentes.

Resultados:

apontaram que: faltaram à escola por insegurança no trajeto 11,6% (IC95%:11,1;12,1); faltaram à escola por insegurança na escola 10,8% (IC95%:10,3;11,2); maiores prevalências de violência foram nas meninas e em estudantes de escolas públicas. Dentre os indicadores do estudo, constatou-se a que a prevalência de escolares que estiveram envolvidos em briga com luta física foi de 10,6% (IC95%:10,2;11,0), em briga com utilização de arma de fogo 2,9% (IC95%:2,7;3,1) e uso de arma branca foi de 4,8% (IC95%:4,5;5,1), dos quais a maioria eram meninos que estudavam em escolas públicas. Relataram ter sofrido acidente ou agressão no último ano 18,2% (IC95%:17,7;18,7) e 21,0% (IC95%:20,5;21,6), tendo sido agredidos pela mãe/pai/responsável e a maioria oriunda de escolas particulares.

Ocorreu melhorias nos seguintes indicadores entre 2015 e 2019:

envolver-se em briga com arma de fogo, de 6,4% (IC95%: 5,6;7,2) em (2015) para 2,9% (IC95%:2,7;3,1) (2019); e envolver-se em briga com arma branca, de 7,9% (IC95%:7,0;8,8) (2015) para 4,8% (IC95%:4,5;5,1) em (2019).

Conclusão:

os adolescentes estão expostos a violências no âmbito escolar ou comunitária, além de sofrerem violências no ambiente intrafamiliar/doméstico. Essas instituições deveriam ser capazes de garantir a proteção e o desenvolvimento saudável e seguro do adolescente.

RESUMEN Objetivo:

describir y comparar los indicadores de exposición a situaciones de violencia de los estudiantes adolescentes según género, tipo de escuela y unidades federadas, en 2015 y 2019.

Métodos:

estudio transversal, descriptivo con datos de la Encuesta Nacional de Salud Escolar. Se describieron y compararon la prevalencia y los respectivos intervalos de confianza del 95% (IC95%) de los indicadores de exposición a situaciones de violencia que afectan a los adolescentes.

Resultados:

se registraron ausencias escolares: por inseguridad en el camino a la escuela 11,6% (IC95%:11,1;12,1); por inseguridad en la escuela 10,8% (IC95%:10,3;11,2); la mayor prevalencia fue entre las niñas y los estudiantes de escuelas públicas.

Entre los indicadores del estudio:

la prevalencia de alumnos implicados en peleas con lucha física fue del 10,6% (IC95%:10,2;11,0), en peleas con armas de fuego del 2,9% (IC95%:2,7;3,1); uso de arma blanca del 4,8% (IC95%:4,5;5,1), la mayoría de ellos eran varones, que estudiaban en escuelas públicas. El 18,2% (IC95%:17,7;18,7) declaró haber sufrido un accidente o una agresión en el último año, el 21,0% (IC95%:20,5;21,6) fue agredido por su madre/padre/cuidador y la mayoría procedía de colegios privados.

Se produjeron mejoras en los siguientes indicadores entre 2015 y 2019:

involucrarse en una pelea con un arma de fuego, del 6,4% (IC 95%:5,6;7,2) en (2015) al 2,9% (IC 95%:2,7;3,1) (2019); involucrarse en una pelea con un cuchillo: del 7,9% (IC 95%:7,0;8,8) (2015) al 4,8% (IC 95%:4,5;5,1) en (2019).

Conclusión:

los adolescentes están expuestos a la violencia en el ámbito escolar o comunitario, además de sufrirla en el entorno intrafamiliar/doméstico. Estas instituciones deben ser capaces de garantizar la protección y el desarrollo sano y seguro del adolescente.

ABSTRACT Objective:

to describe and compare the indicators corresponding to exposure to situations of violence experienced by in-school adolescents according to gender, type of school and Federation Units in 2015 and 2019.

Methods:

A cross-sectional and descriptive study conducted with data from the National School Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, PeNSE). The prevalence values and their respective 95% confidence intervals (85% CIs) of the indicators corresponding to exposure to situations of violence involving adolescents were described and compared.

Results:

They pointed out that: 11.6% missed classes due to insecurity on the way (95% CI: 11.1-12.1); 10.8% missed classes due to insecurity at school (95% CI: 10.3-11.2); and the highest prevalence values of violence were recorded among girls and public school students. Among the study indicators, it was found that the prevalence of students who were involved in physical fights was 10.6% (95% CI: 10.2-11.0), in fights with firearm use, 2.9% (95% CI: 2.7-3.1), and in fights with melee weapon use, 4.8% (95% CI: 4.5-5.1), most of them boys who attended public schools. 18.2% (95% CI: 17.7-18.7) reported having suffered an accident or aggression in the last year and 21.0% (95% CI: 20.5-21.6) stated having been assaulted by their mother/father/guardian, most of them from private schools.

There were improvements in the following indicators between 2015 and 2019:

engaging in a fight involving a firearm, from 6.4% (95% CI: 5.6-7.2) in 2015 to 2.9% (95% CI: 2.7-3.1) in 2019; and engaging in a fight involving a melee weapon, from 7.9% (95% CI: 7.0-8.8) in 2015 to 4.8% (95% CI: 4.5-5.1) in 2019.

Conclusion:

Adolescents are exposed to several types of violence in the school or community settings, in addition to experiencing violence in the family/domestic environment. These institutions should be capable of ensuring protection and healthy and safe development to adolescents.