Concordância às medidas de flexibilização durante a pandemia de Covid-19 no Brasil
Conformidad con las medidas de flexibilización durante la pandemia de Covid-19 en Brasil
Agreement to the flexibility measures during the Covid-19 pandemic in Brazil

Ciênc. cuid. saúde; 22 (), 2023
Publication year: 2023

RESUMO Objetivo:

analisar os fatores associados à concordância com a flexibilização das medidas de proteção no Brasil durante a pandemia pela COVID-19.

Método:

estudo transversal, com dados de uma web survey realizada com adultos residentes no Brasil, entre agosto de 2020 e fevereiro de 2021.

Resultados:

dos 1.516 respondentes, a maioria possuía idade entre 40 a 59 anos (38,8%), sexo feminino (69,4%), nível de pós-graduação (48%), raça/cor branca (64,2%), separados/solteiros (48,3%). A maioria dos participantes concordou com as medidas de flexibilização (41,1%), todavia consideraram os ambientes nada ou pouco adequados para a retomada das atividades cotidianas (com exceção dos locais abertos para atividades físicas). As medidas implementadas pelo Estado durante a pandemia por COVID-19 também foram tidas como pouco e nada adequadas. Houve mais chance de concordância com as medidas de flexibilização entre as pessoas que moravam/conviviam com trabalhadores expostos ao risco de contrair a COVID-19.

Conclusão:

de modo geral, houve concordância às medidas de flexibilização no país. Morar/conviver com trabalhadores expostos ao risco de contrair a COVID-19 foi o principal fator associado à maior chance de concordar com as medidas de flexibilização, o que sinaliza a carga biopsicossocial trazida pela doença.

RESUMEN Objetivo:

analizar los factores asociados a la conformidad con la flexibilización de las medidas de protección en Brasil durante la pandemia por COVID-19.

Método:

estudio transversal, con datos de una websurvey realizada con adultos residentes en Brasil, entre agosto de 2020 y febrero de 2021.

Resultados:

de los 1.516 encuestados, la mayoría poseía edad entre 40 y 59 años (38,8%), sexo femenino (69,4%), nivel de posgrado (48%), raza/color blanco (64,2%), separados/solteros (48,3%). La mayoría de los participantes estuvo de acuerdo con las medidas de flexibilización (41,1%), sin embargo, consideraron los ambientes nada o poco adecuados para la reanudación de las actividades cotidianas (con excepción de los locales abiertos para actividades físicas). Las medidas aplicadas por el Estado durante la pandemia de COVID-19 también fueron consideradas poco y nada adecuadas. La conformidad con las medidas de flexibilización se dio más entre las personas que vivían/convivían con trabajadores expuestos al riesgo de contraer la COVID-19.

Conclusión:

en general, hubo concordancia con las medidas de flexibilización en el país. Vivir/convivir con trabajadores expuestos al riesgo de contraer la COVID-19 fue el principal factor asociado a la mayor probabilidad de concordar con las medidas de flexibilización, lo que señala la carga biopsicosocial ocasionada por la enfermedad.

ABSTRACT Objective:

to analyze the factors associated with agreement with the flexibility of protection measures in Brazil during the COVID-19 pandemic.

Method:

cross-sectional study with data from a websurvey conducted with adults living in Brazil, between August 2020 and February 2021.

Results:

of the 1,516 respondents, the majority were aged between 40 and 59 years (38.8%), female (69.4%), graduate level (48%), white race/color (64.2%), separated/single (48.3%). Most participants agreed with the flexibility measures (41.1%), but considered the environments not suitable or inadequate for the resumption of daily activities (except for places open for physical activities). The measures implemented by the State during the COVID-19 pandemic were also seen as nothing and inadequate. There was a greater chance of agreement with the flexibility measures among people who lived with workers exposed to the risk of contracting COVID-19.

Conclusion:

in general, there was agreement to the flexibility measures in the country. Living/living with workers exposed to the risk of contracting COVID-19 was the main factor associated with the greater chance of agreeing with the flexibility measures, which signals the biopsychosocial burden brought by the disease.