Ações de humanização das enfermeiras obstétricas mineiras: resistência e contraconduta à medicalização do parto
Humanization actions of the obstetric nurses from minas gerais: resistance and counter-conduct to the medicalization of childbirth
Acciones de humanización de las enfermeras obstétricas de minas gerais: resistencia y contraconducta a la medicalización del parto

REME rev. min. enferm; 27 (), 2023
Publication year: 2023

Objetivo:

discutir as ações de enfermeiras obstétricas e seu potencial de resistência e contraconduta à medicalização da assistência ao parto.

Método:

pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa e fundamentação genealógica. A coleta dos dados foi feita, por meio de entrevistas semiestruturadas, junto a 11 enfermeiras obstétricas. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Discurso.

Resultados:

as ações de humanização das primeiras enfermeiras obstétricas se conformaram como resistência e contraconduta à medicalização do parto, uma vez que eram pautadas no enfrentamento das práticas médicas intervencionistas, na defesa da fisiologia do parto e na integralidade do cuidado.

Conclusão:

reconhece-se que, no cotidiano da prática profissional, enfermeiras obstétricas precisam adotar ações de resistência e contraconduta como tentativa de subversão do paradigma biomédico, o qual impõe a medicalização da assistência e a apropriação do corpo feminino, cerceando a autonomia das mulheres no processo de parturição.(AU)

Objective:

to analyze the practices of humanization in childbirth care, developed by nurse midwives, capable of constituting actions of resistance and counter-conduct to the medicalization of the female body.

Method:

this is a descriptive and exploratory research, with a qualitative approach and genealogical inspiration. The research was developed in the context of hospital care. Research data were produced through semi-structured interviews with 11 nurse midwives and submitted to Discourse Analysis.

Results:

the actions of the first obstetric nurses conformed as resistance and counter-conduct to the medicalization of childbirth, as they were based on confronting interventionist medical practices, defending the physiology of childbirth, and providing comprehensive care.

Conclusion:

it is recognized that, in their daily professional practice, obstetric nurses need to adopt resistance and counter-conduct actions capable of going beyond the concept of the body under the biomedical paradigm.(AU)

Objetivo:

analizar las prácticas de humanización de las enfermeras obstétricas, caracterizadas como acciones de resistencia y contraconducta a la medicalización del cuerpo femenino.

Método:

investigación descriptiva y exploratoria, con enfoque cualitativo e inspiración genealógica, desarrollada en el contexto de la atención hospitalaria. Los datos de la investigación se produjeron a través de entrevistas semiestructuradas con 11 enfermeras parteras y se sometieron al Análisis del Discurso.

Resultados:

las acciones de las primeras enfermeras obstétricas se conformaron como resistencia y contracultura a la medicalización del parto, ya que se basaban en enfrentar las prácticas médicas intervencionistas, defender la fisiología del parto y brindar cuidado integral.

Conclusión:

se reconoce que, en la práctica profesional diaria, las enfermeras obstétricas necesitan adoptar acciones de resistencia y contraconducta para superar el concepto de cuerpo bajo el paradigma biomédico.(AU)