Práticas coletivas e individuais associadas à dificuldade dos enfermeiros da atenção primária à saúde
Collective and individual practices associated with the difficulty of primary health care nurses
Prácticas coletivas e individuais asociadas a la dificultad de las enfermeras de atención primaria de salud

Enferm. foco (Brasília); 15 (supl.1), 2024
Publication year: 2024

Objetivo:

analisar as práticas individuais e coletivas que estão associadas as dificuldades dos enfermeiros que atuam na Atenção Primária à Saúde da região Norte.

Métodos:

observacional de prevalência e analítico. Foram incluídos enfermeiros da atenção básica. A coleta ocorreu entre novembro de 2019 a agosto de 2021, nos sete estados do Norte, através de um formulário eletrônico, analisados pelos testes binomial, quiquadrado e G no programa Bioestat.

Resultados:

Entre os 626 enfermeiros do estudo, 15,7% (98/626) afirmaram ter dificuldade no exercício de suas práticas, quanto à autonomia das suas responsabilidades normativas legais. O Amapá teve menor proporção (8,3%; 9/108) de enfermeiros com dificuldade em relação a região.

As práticas associadas a dificuldade foram:

a não participação do enfermeiro no gerenciamento dos insumos (p=0,03), realizar consulta eventualmente (p=0,03) e nunca prescrever medicamentos (p=0,02); resolutividade insuficiente na consulta pré-natal (p=0,000), acompanhamento de crescimento e desenvolvimento infantil (p=0,001); planejamento familiar (p=0,000); hanseníase (p=0,005); tuberculose (p=0,031); hipertensão arterial (p<0,0001); diabetes (p<0,0001).

Conclusão:

As dificuldades quanto à autonomia das responsabilidades normativas legais estão associadas a práticas individuais e coletivas que são privativas do enfermeiro e estão regulamentadas nos programas de saúde pública. (AU)

Objective:

to analyze the individual and collective practices that are associated with the difficulties of nurses who work in Primary Health Care in the North region.

Methods:

observational of prevalence and analytical. Primary care nurses were included. The collection took place between November 2019 and August 2021, in the seven states of the North, through an electronic form, analyzed by the binomial, chi-square and G tests in the Bioestat program.

Results:

Among the 626 nurses in the study, 15.7% (98/626) stated that they had difficulty in exercising their practices, regarding the autonomy of their legal normative responsibilities. Amapá had a lower proportion (8.3%; 9/108) of nurses with difficulties in relation to the region.

The practices associated with the difficulty were:

the non-participation of nurses in the management of supplies (p=0.03), occasional consultations (p=0.03) and never prescribing medication (p=0.02); insufficient resolution in the prenatal consultation (p=0.000), monitoring of child growth and development (p=0.001); family planning (p=0.000); leprosy (p=0.005); tuberculosis (p=0.031); arterial hypertension (p<0.0001); diabetes (p<0.0001).

Conclusion:

Difficulties regarding the autonomy of legal normative responsibilities are associated with individual and collective practices that are exclusive to nurses and are regulated in public health programs. (AU)

Objetivo:

analizar las prácticas individuales y colectivas que están asociadas a las dificultades de los enfermeros que actúan en la Atención Primaria de Salud de la región Norte.

Métodos:

observacional de prevalencia y analítico. Se incluyeron enfermeras de atención primaria. La colecta se realizó entre noviembre de 2019 y agosto de 2021, en los siete estados del Norte, a través de un formulario electrónico, analizado por las pruebas binomial, chi-cuadrado y G en el programa Bioestat.

Resultados:

Entre los 626 enfermeros del estudio, 15,7% (98/626) afirmaron tener dificultad en el ejercicio de sus prácticas, en cuanto a la autonomía de sus responsabilidades normativas legales. Amapá tuvo menor proporción (8,3%; 9/108) de enfermeros con dificultades en relación a la región.

Las prácticas asociadas a la dificultad fueron:

la no participación de los enfermeros en la gestión de los insumos (p=0,03), consultas ocasionales (p=0,03) y nunca recetar medicamentos (p=0,02); resolución insuficiente en la consulta prenatal (p=0,000), seguimiento del crecimiento y desarrollo infantil (p=0,001); planificación familiar (p=0,000); lepra (p=0,005); tuberculosis (p=0,031); hipertensión arterial (p<0,0001); diabetes (p<0,0001).

Conclusión:

Las dificultades en cuanto a la autonomía de las responsabilidades normativas legales están asociadas a las prácticas individuales y colectivas, exclusivas de los enfermeros y reguladas em los programas de salud pública. (AU)