Rev. Enferm. Atual In Derme; 97 (2), 2023
Publication year: 2023
Objetivo:
Analisar os fatores intervenientes no tempo de internação hospitalar de pacientes com
COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva. Método:
Estudo transversal, de abordagem
quantitativa, realizado com 119 pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva COVID-19
de um hospital público do nordeste brasileiro. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos e
sua associação com o tempo de internação hospitalar foi testada pelo qui-quadrado de Pearson
(p<0,05). A força dessa associação foi testada pela razão de chance, sendo a regressão logística
(método backward) utilizada para ajuste do modelo. Resultados:
A maioria (92,4%) dos participantes
eram considerados do grupo de risco para a doença, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (38,7%) e o
Diabetes Mellitus (36,1%) as comorbidades mais prevalentes. Dos 119 pacientes internados, 75 (63%)
permaneceram por até 10 dias. No modelo final da regressão, os pacientes do sexo masculino
(p<0,001), em uso de cloroquina (p=0,013) e intubados (na admissão) permaneceram internados por
tempo superior a 10 dias. Conclusões:
No estudo, evidenciou-se, que o tempo de permanência
hospitalar foi influenciado pelas variáveis sexo, tipo de tratamento utilizado e suporte de
oxigenoterapia. Alguns pacientes, que já apresentavam comorbidades prévias, evoluíram para quadros
graves da doença. No entanto, outros, conseguiram evoluir para cura. Conhecer esses fatores permite o
aperfeiçoamento e a adequação das práticas assistenciais prestadas a esses pacientes, em especial nas
estratégias que possam melhorar a qualidade do serviço e reduzir o tempo de internação.
Palavras-chave: Coronavirus; Infecções por Coronavirus; Enfermagem; Tempo de Internação;
Unidades de Terapia Intensiva
ABSTRACT
Objective:
To analyze the factors intervening in the length of hospital stay of patients with COVID-19
admitted to an intensive care unit. Method:
A cross-sectional, quantitative study was conducted with
119 patients admitted to a COVID-19 Intensive Care Unit of a public hospital in northeastern Brazil.
Sociodemographic and clinical data were collected and their association with length of hospital stay
was tested by Pearson's chi-square (p<0.05). The strength of this association was tested by the odds
ratio, and logistic regression (backward method) was used for model fitting. Results:
The majority
(92.4%) of participants were considered to be in the risk group for the disease, with Systemic Arterial
Hypertension (38.7%) and Diabetes Mellitus (36.1%) being the most prevalent comorbidities. Of the
119 patients admitted, 75 (63%) stayed for up to 10 days. In the final regression model, male patients
(p<0.001), using chloroquine (p=0.013) and intubated (at admission) remained hospitalized for longer
than 10 days. Conclusions:
The study showed that the length of hospital stay was influenced by the
variables gender, type of treatment used and oxygen therapy support. Some patients, who already
presented previous comorbidities, evolved to severe cases of the disease. However, others were able to
progress to cure. Knowing these factors allows the improvement and adequacy of care practices
provided to these patients, especially in strategies that can improve the quality of service and reduce
the length of hospital stay.
Keywords:
Coronavirus; Coronavirus Infections; Nursing; Length of Stay; Intensive Care Units
Objetivo:
Analizar los factores que intervienen en la duración de la estancia hospitalaria de pacientes
con COVID-19 ingresados en una unidad de cuidados intensivos. Método:
Se realizó un estudio
cuantitativo transversal con 119 pacientes ingresados en una Unidad de Cuidados Intensivos de
COVID-19 de un hospital público del nordeste de Brasil. Se recogieron datos sociodemográficos y
clínicos y se comprobó su asociación con la duración de la estancia hospitalaria mediante el chicuadrado de Pearson (p<0,05). La fuerza de esta asociación se comprobó mediante la odds ratio, y se
utilizó la regresión logística (método regresivo) para el ajuste del modelo. Resultados:
La mayoría
(92,4%) de los participantes fueron considerados del grupo de riesgo para la enfermedad, siendo la
Hipertensión Arterial Sistémica (38,7%) y la Diabetes Mellitus (36,1%) las comorbilidades más
prevalentes. De los 119 pacientes hospitalizados, 75 (63%) permanecieron hasta 10 días. En el modelo
de regresión final, los pacientes varones (p<0,001), usuarios de cloroquina (p=0,013) e intubados (al
ingreso) permanecieron hospitalizados más de 10 días. Conclusiones:
En este estudio se evidenció que
la duración de la estancia hospitalaria estuvo influenciada por las variables sexo, tipo de tratamiento
utilizado y soporte oxigenoterápico. Algunos pacientes, que ya presentaban comorbilidades previas,
evolucionaron a casos graves de la enfermedad. Sin embargo, otros consiguieron evolucionar hasta la
curación. Conocer estos factores permite la mejora y adecuación de las prácticas asistenciales prestadas
a estos pacientes, especialmente en estrategias que puedan mejorar la calidad del servicio y reducir la
duración de la estancia hospitalaria