Comunicação não verbal com pacientes incapazes de se expressar verbalmente em terapia intensiva1
Non-verbal communication with patients unable to express yourself verbally in intensive care

CuidArte, Enferm; 17 (2), 2023
Publication year: 2023

Introdução:

A internação em Unidade de Terapia Intensiva requer muitas vezes a necessidade de ventilação mecânica do paciente por meio de intubação orotraqueal, dificultando a comunicação com os profissionais de enfermagem, sendo necessário, nessas situações, a utilização de meios de comunicação não-verbais, representados através de gestos corporais e expressões faciais.

Objetivos:

Verificar se a equipe de enfermagem de Terapia Intensiva se comunica adequadamente com o paciente incapaz de se expressar verbalmente, se acredita na sua necessidade e quais as situações e formas de comunicação não verbal utilizadas.

Método:

Estudo transversal, abordagem quantitativa e delineamento descritivo, com correlação entre as variáveis, no qual participaram 187 (84,2%) profissionais de três unidades de terapia intensiva de um hospital de ensino, no período de agosto de 2021 a janeiro de 2022, por meio de um questionário estruturado. Para a análise estatística foi utilizado o Teste de Kolmogorov Smirnov e após, aplicados os Testes de Kruskal-Wallis e o Qui-quadrado Clássico.

Resultados:

A maioria realiza e acredita que a comunicação não verbal auxilia na assistência e na melhora do paciente e que é um direito informar e participar sobre cuidado e tratamento. Identificou-se o uso da lousa mágica, cartões ilustrativos com letras do alfabeto e figuras das principais necessidades ou solicitações, utilizados especialmente durante a execução de procedimentos de enfermagem, durante a passagem de plantão, na visita da família e quando o paciente se encontra agitado, durante o processo de extubação orotraqueal, desmame de drogas sedoanalgésicas e ventilação mecânica ou quando precisa de conforto emocional.

Conclusão:

Constatou-se a utilização e crença na comunicação não verbal, de acordo com o preconizado pelo programa nacional de humanização, corroborando com a meta internacional de segurança relacionada à comunicação efetiva na assistência, servindo de referência para outros profissionais que atuam com pacientes incapazes de se expressar verbalmente

Introduction:

Admission to an Intensive Care Unit often requires mechanical ventilation of the patient through orotracheal intubation, making communication with nursing professionals difficult, making it necessary, in these situations, to use non-verbal means of communication, represented through body gestures and facial expressions.

Objectives:

Verify whether the Intensive Care nursing team communicates adequately with patients unable to express themselves verbally, whether they believe in their need and what situations and forms of non-verbal communication are used.

Method:

Crosssectional study, quantitative approach and descriptive design, with correlation between variables, in with 187 (84.2%) professionals from three intensive care units of a teaching hospital, from August 2021 to January 2022, through a questionnaire. For statistical analysis, the Kolmogorov Smirnov Test was used and afterwards, the Kruskal-Wallis and the Classical Chi-square tests were applied.

Results:

Most perform and believe that non-verbal communication helps in patient care and improvement and that it is a right to be informed and participate in their care and treatment. It was identified the use of the magic board, illustrative cards with letters of the alphabet and figures of the main needs or requests, used especially during the execution of nursing procedures, during the shift change, in the family visit and when the patient is agitated during the process of orotracheal extubation, weaning from sedative-analgesic drugs and mechanical ventilation or when you need emotional comfort.

Conclusion:

It was found the use and belief in non-verbal communication, as recommended by the national humanization program, serving as a reference for other professionals who work with incapable patients to express themselves verbally

Introducción:

El ingreso a una Unidad de Cuidados Intensivos requiere muchas veces ventilación mecánica del paciente mediante intubación orotraqueal, dificultando la comunicación con los profesionales de enfermería, siendo necesario, en estas situaciones, el uso de medios de comunicación no verbal, representados a través de gestos corporales y expresiones faciales.

Objetivos:

Verificar si el equipo de enfermería de Cuidados Intensivos se comunica adecuadamente con los pacientes que no pueden expresarse verbalmente, si creen en su necesidad y qué situaciones y formas de comunicación no verbal utilizan.

Método:

Estudio transversal, abordaje cuantitativo, diseño descriptivo, con correlación entre variables, con la participación de 187 (84,2%) profesionales de tres unidades de cuidados intensivos de un hospital universitario, desde agosto de 2021 hasta enero de 2022, a través de un cuestionario. Para el análisis estadístico se utilizó la prueba de Kolmogorov Smirnov, seguida de la prueba de Kruskal-Wallis y la prueba clásica de chi-cuadrado.

Resultados:

La mayoría de ellos cree que la comunicación no verbal ayuda en el cuidado y mejoría del paciente y que es un derecho estar informado y participar en su cuidado y tratamiento. Se identificó el uso de la pizarra mágica, tarjetas ilustrativas con letras del alfabeto e imágenes de las principales necesidades o solicitudes, utilizadas especialmente durante la ejecución de procedimientos de enfermería, durante el cambio de turno, durante la visita de la familia y cuando el paciente se encuentra agitado, durante el proceso de extubación orotraqueal, el destete de los fármacos sedantesanalgésicos y la ventilación mecánica, o cuando se necesita consuelo emocional.

Conclusión:

Se verificó el uso y la creencia en la comunicación no verbal, de acuerdo con las recomendaciones del programa nacional de humanización, corroborando el objetivo internacional de seguridad relacionado a la comunicación efectiva en la atención, sirviendo de referencia para otros profesionales que trabajan con pacientes incapaces de expresarse verbalmente