Deficiências visuais: incidência e sua relação regional e escolar em um município no noroeste paulista
Visual disabilities: incidence and its regional and school relationship in a municipality in northwest paulista

CuidArte, Enferm; 17 (2), 2023
Publication year: 2023

Introdução:

Baixa acuidade visual é um problema de alta prevalência, podendo atingir até 25% das crianças em idade escolar e dentre os principais problemas estão a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo, a ambliopia, o estrabismo e o daltonismo.

Objetivo:

O estudo visa determinar a prevalência de deficiências visuais não diagnosticadas em crianças de quatro e cinco anos que frequentam escolas em um município no noroeste paulista, relacionando-a ao sexo e a característica de escola (pública ou privada).

Material e Método:

Estudo observacional transversal prospectivo quantitativo, realizado em duas escolas públicas e duas privadas, localizadas no munícipio de Catanduva, São Paulo, Brasil, onde se aplicaram testes realizados para possíveis diagnósticos de distúrbios de acuidade visual (Teste de Snellen), Daltonismo (Teste de Ishihara) e Estrabismo (Teste de Hirschberg).

Resultados:

Foram avaliadas 245 crianças. Para a análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher. A prevalência de baixa acuidade visual foi de 29,73% nas escolas particulares, 43,27% nas públicas (p=0,046); no que se refere a sexo, 20,57% dos meninos apresentaram baixa acuidade visual, contra 17,31% das meninas (p=0,52). O Teste de Hirschberg apresentouse alterado em 24,32% dos alunos de escola particular, 17,54% dos de escola pública (p=0,22), 18,44% dos meninos e 21,15% das meninas (p=0,6). Já, alterações no teste de Ishihara manifestaram-se em 5,41% dos alunos das escolas privadas e 4,09% dos de escola pública (p=0,65); 6,38% e 1,92% dos meninos e meninas, respectivamente, apresentaram alterações (p=0,1). Destaca-se a importância do acompanhamento com um oftalmologista desde a infância, visto que a prevalência de deficiências visuais não diagnosticadas permanece significativa, principalmente quanto aos distúrbios de acuidade visual nas escolas públicas.

Conclusão:

O diagnóstico precoce de deficiência visual é primordial, pois muitas alterações são reversíveis por apenas um curto período

Introduction:

Low visual acuity is a highly prevalent problem, affecting up to 25% of school-age children and the main problems include myopia, hyperopia, astigmatism, amblyopia, strabismus and color blindness.

Objective:

The study aims to determine the prevalence of undiagnosed visual impairments in children aged four and five who attend schools in a city in the northwest of São Paulo, relating it to gender and the characteristics of the school (public or private).

Material and Method:

Quantitative prospective cross-sectional observational study, carried out in two public and two private schools, located in the municipality of Catanduva, São Paulo, Brazil, where tests were applied, carried out for possible diagnoses of visual acuity disorders (Snellen Test), Color blindness (Ishihara Test) and Strabismus (Hirschberg Test).

Results:

245 children were evaluated. For statistical analysis, Pearson's chi-square and Fisher's exact tests were used. The prevalence of low visual acuity was 29.73% in private schools, 43.27% in public schools (p=0.046); Regarding gender, 20.57% of boys had low visual acuity, compared to 17.31% of girls (p=0.52). The Hirschberg Test was altered in 24.32% of private school students, 17.54% of public school students (p=0.22), 18.44% of boys and 21.15% of girls (p =0.6). Changes in the Ishihara test were manifested in 5.41% of students in private schools and 4.09% of those in public schools (p=0.65); 6.38% and 1.92% of boys and girls, respectively, showed changes (p=0.1). The importance of monitoring with an ophthalmologist since childhood is highlighted, as the prevalence of undiagnosed visual impairments remains significant, especially regarding visual acuity disorders in public schools.

Conclusion:

Early diagnosis of visual impairment is essential, as many changes are reversible for only a short period

Introducción:

La baja agudeza visual es un problema altamente prevalente, afecta hasta al 25% de los niños en edad escolar y los principales problemas incluyen miopía, hipermetropía, astigmatismo, ambliopía, estrabismo y daltonismo.

Objetivo:

El estudio tiene como objetivo determinar la prevalencia de discapacidad visual no diagnosticada en niños de cuatro y cinco años que asisten a escuelas de una ciudad del noroeste de São Paulo, relacionándola con el género y las características de la escuela (pública o privada).

Material y Método:

Estudio observacional cuantitativo, prospectivo, transversal, realizado en dos escuelas públicas y dos privadas, ubicadas en el municipio de Catanduva, São Paulo, Brasil, donde se aplicaron pruebas realizadas para posibles diagnósticos de trastornos de la agudeza visual (Snellen Test), daltonismo (test de Ishihara) y estrabismo (test de Hirschberg).

Resultados:

Se evaluaron 245 niños. Para el análisis estadístico se utilizaron las pruebas de chi-cuadrado de Pearson y exacta de Fisher. La prevalencia de baja agudeza visual fue de 29,73% en colegios privados, 43,27% en públicos (p=0,046); En cuanto al género, el 20,57% de los niños presentó baja agudeza visual, frente al 17,31% de las niñas (p=0,52). El Test de Hirschberg se vio alterado en el 24,32% de los estudiantes de escuelas privadas, el 17,54% de los estudiantes de escuelas públicas (p=0,22), el 18,44% de los niños y el 21,15% de las niñas (p =0,6). Los cambios en la prueba de Ishihara se manifestaron en el 5,41% de los estudiantes de escuelas privadas y el 4,09% de los de escuelas públicas (p=0,65); El 6,38% y el 1,92% de niños y niñas, respectivamente, presentaron cambios (p=0,1). Se destaca la importancia del seguimiento con un oftalmólogo desde la infancia, ya que la prevalencia de deficiencias visuales no diagnosticadas sigue siendo significativa, especialmente en lo que respecta a los trastornos de la agudeza visual en las escuelas públicas.

Conclusión:

El diagnóstico temprano de la discapacidad visual es esencial, ya que muchos cambios son reversibles sólo durante un período corto