CuidArte, Enferm; 18 (1), 2024
Publication year: 2024
Introdução:
Os fatores de risco associados e agravantes para complicações após cirurgia cardíaca são: diabetes mellitus,
tabagismo, uso de esteroide sistêmico, obesidade e desnutrição. Objetivo:
Identificar o perfil, fatores de risco associados
e desfecho clínico de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Método:
Estudo longitudinal, retrospectivo, com
abordagem quantitativa, realizado em um hospital de ensino. Em uma população de 6.705 procedimentos cirúrgicos
durante os anos 2018 a 2020, a amostra foi composta por 62 pacientes que tiveram infecção e foram notificados e
monitorados pelo serviço de controle de infecção hospitalar. A coleta de dados foi feita em prontuário eletrônico e
planilhas. Resultados:
A maioria era do sexo masculino, com idade entre 56 e 75 anos, usuários do Sistema Único de
Saúde, com diagnóstico de doença arterial coronariana, portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus. A principal
cirurgia foi a revascularização do miocárdio, seguida de implante de valva biológica. A média do tempo de cirurgia foi
270 minutos e o tempo anestésico de 345, com circulação extracorpórea de 89 minutos. A maioria das infecções não
teve agente infeccioso isolado, foi superficial, de caráter multissensível, sem necessidade de reoperação. O agente mais
prevalente foi Klebsiella Pneumoniae, seguida de Serratia Marcescens. O desfecho clínico foi a alta hospitalar. Constatou
se significância estatística entre as variáveis tempo de internação no pré-operatório e perfil do micro-organismo. Não
houve diferença significante entre o tempo de circulação extracorpórea e o sítio de infecção, tempo cirúrgico e a
necessidade de reoperação. Conclusão:
Quanto maior o tempo de internação, maior foi o risco de infecção hospitalar.
Acredita-se que estes resultados possam nortear próximos estudos na área de infecção, além de propiciar reflexão da
equipe multiprofissional sobre necessidade de redução no tempo de internação de pacientes que necessitam de cirurgia
cardíaca
Introduction:
Associated and aggravating risk factors for complications after cardiac surgery are: diabetes mellitus,
smoking, use of systemic steroids, obesity and malnutrition. Objective:
To identify the profile, associated risk factors and
clinical outcome of patients undergoing cardiac surgery. Methods:
Longitudinal, retrospective study, with a quantitative
approach, carried out in a teaching hospital. In a population of 6,705 surgical procedures during the years 2018 to 2020,
the sample consisted of 62 patients who had an infection and were notified and monitored by the hospital infection
control service. Data collection was done using electronic medical records and spreadsheets. Results:
The majority were
male, aged between 56 and 75 years, Unified Health System users, diagnosed with coronary artery disease, suffering
from high blood pressure and diabetes mellitus. The main surgery was myocardial revascularization, followed by
biological valve implantation. The average surgery time was 270 minutes and the anesthetic time was 345, with
extracorporeal circulation of 89 minutes. Most infections did not have an isolated infectious agent, they were superficial,
multisensitive in nature, without the need for reoperation. The most prevalent agent was Klebsiella Pneumoniae, followed
by Serratia Marcescens. The clinical outcome was hospital discharge. Statistical significance was found between the
variables preoperative length of stay and microorganism profile. There was no significant difference between
extracorporeal circulation time and the site of infection, surgical time and the need for reoperation. Conclusion:
The
longer the hospital stay, the greater the risk of hospital infection. It is believed that these results can guide future studies
in the area of infection, in addition to providing reflection by the multidisciplinary team on the need to reduce the length
of stay for patients requiring cardiac surgery
Introducción:
Los factores de riesgo asociados y agravantes de complicaciones después de la cirugía cardíaca son:
diabetes mellitus, tabaquismo, uso de esteroides sistémicos, obesidad y desnutrición. Objetivo:
Identificar el perfil, los
factores de riesgo asociados y la evolución clínica de los pacientes sometidos a cirugía cardíaca. Métodos:
Estudio
longitudinal, retrospectivo, con enfoque cuantitativo, realizado en un hospital universitario. En una población de 6.705
procedimientos quirúrgicos durante los años 2018 a 2020, la muestra estuvo conformada por 62 pacientes que
presentaron alguna infección y fueron notificados y monitoreados por el servicio de control de infecciones del hospital.
La recolección de datos se realizó mediante registros médicos electrónicos y hojas de cálculo. Resultados:
La mayoría
eran varones, con edades entre 56 y 75 años, usuarios del Sistema Único de Salud, diagnosticados con enfermedad
arterial coronaria, padeciendo hipertensión arterial y diabetes mellitus. La cirugía principal fue la revascularización
miocárdica, seguida del implante de válvula biológica. El tiempo quirúrgico promedio fue de 270 minutos y el tiempo
anestésico de 345, con circulación extracorpórea de 89 minutos. La mayoría de las infecciones no tuvieron un agente
infeccioso aislado, fueron de carácter superficial, multisensible, sin necesidad de reintervención. El agente más prevalente
fue Klebsiella Pneumoniae, seguido de Serratia Marcescens. El resultado clínico fue el alta hospitalaria. Se encontró
significación estadística entre las variables estancia preoperatoria y perfil de microorganismos. No hubo diferencia
significativa entre el tiempo de circulación extracorpórea y el sitio de infección, el tiempo quirúrgico y la necesidad de
reoperación. Conclusión:
Cuanto más prolongada es la estancia hospitalaria, mayor es el riesgo de infección hospitalaria.
Se cree que estos resultados pueden orientar futuros estudios en el área de la infección, además de brindar reflexión
por parte del equipo multidisciplinario sobre la necesidad de reducir la estadía de los pacientes que requieren cirugía
cardíaca