CuidArte, Enferm; 18 (1), 2024
Publication year: 2024
Introdução:
A obesidade é um problema de saúde pública e a cirurgia bariátrica tem sido apontada como uma estratégia
importante no tratamento de obesos graves. Com isso, está se tornando um tratamento eficaz e duradouro no controle
das doenças associadas como diabetes, hipertensão e outras, agravadas pelo excesso de peso. Objetivo:
Identificar os
fatores predisponentes para infecção de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Método:
Estudo longitudinal,
retrospectivo, com abordagem quantitativa, de uma população de 145 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica nos
anos 2019 e 2020. A amostra foi composta por 15 pacientes que tiveram infecção no período pós-operatório, notificados
e monitorados pelo serviço de controle de infecção hospitalar. A coleta de dados foi realizada por meio de prontuário
eletrônico e planilhas com questões sobre identificação do paciente, fatores relacionados à cirurgia e características da
infeção. Resultados:
A maioria dos pacientes era do sexo feminino, denominado da cor branca, com idade entre 40 a 50
anos, usuários do Sistema Único de Saúde, apresentava hipertensão arterial e diabetes mellitus. Sobre a avaliação
antropométrica dos pacientes a prevalência foi de 100 kg e Índice de Massa Corpórea com classificação de obesidade
Grau 3. A maior parte das cirurgias foi pelo método Bypass Gástrico com duração de duas a três horas no período intra
operatório. A antibioticoprofilaxia em conjunto mais utilizada foi cefalozina, cefuroxina e clindamicina. Em relação às
características das infeções, a profundidade prevalente foi em órgão espaço sem perfil de sensibilidade e sem agente
infecioso isolado, seguido da Klebsiella pneumoniae, Morganella morganii. O desfecho clínico foi a alta hospitalar.
Conclusão:
Não houve associação estatística significante entre as variáveis analisadas, entretanto, a identificação dos
fatores predisponentes pode auxiliar os profissionais da equipe multiprofissional a adotarem medidas de prevenção e
controle de infecções, assegurando procedimentos mais seguros para os pacientes
Introduction:
Obesity is a public health problem and bariatric surgery has been identified as an important strategy in the
treatment of severely obese people. As a result, it is becoming an effective and long-lasting treatment for controlling
associated diseases such as diabetes, hypertension and others, aggravated by excess weight. Objective:
To identify
predisposing factors for infection in patients undergoing bariatric surgery. Method:
Longitudinal, retrospective study,
with a quantitative approach, of a population of 145 patients who underwent bariatric surgery in the years 2019 and
2020. The sample consisted of 15 patients who had an infection in the postoperative period, notified and monitored by
the hospital infection control service. Data collection was performed using electronic medical records and spreadsheets
with questions about patient identification, factors related to the surgery and characteristics of the infection. Results:
Most patients were female, called white, aged between 40 and 50 years, users of the Unified Health System, had
hypertension and diabetes mellitus. On the anthropometric assessment of patients, the prevalence was 100kg and Body
Mass Index with Grade 3 obesity classification. Most surgeries were performed using the Gastric Bypass method, lasting
from two to three hours in the intraoperative period. The most commonly used joint antibiotic prophylaxis was
cephalozine, cefuroxin and clindamycin. Regarding the characteristics of the infections, the prevalent depth was in organ
space without a sensitivity profile and without an isolated infectious agent, followed by Klebsiella pneumoniae, Morganella
morganii. The clinical outcome was hospital discharge. Conclusion:
There was no statistically significant association
between the analyzed variables, however, the identification of predisposing factors can help professionals in the
multidisciplinary team to adopt infection prevention and control measures, ensuring safer procedures for patients
Introducción:
La obesidad es un problema de salud pública y la cirugía bariátrica ha sido identificada como una estrategia
importante en el tratamiento de personas con obesidad severa. Como resultado, se está convirtiendo en un tratamiento
eficaz y duradero para controlar enfermedades asociadas como diabetes, hipertensión y otras, agravadas por el exceso
de peso. Objetivo:
Identificar factores predisponentes a infección en pacientes sometidos a cirugía bariátrica. Método:
Estudio longitudinal, retrospectivo, con enfoque cuantitativo, de una población de 145 pacientes sometidos a cirugía
bariátrica en los años 2019 y 2020. La muestra estuvo conformada por 15 pacientes que presentaron una infección en
el postoperatorio, notificados y monitoreados por el servicio de salud de control de infecciones nosocomiales. La
recolección de datos se realizó mediante historias clínicas electrónicas y hojas de cálculo con preguntas sobre
identificación del paciente, factores relacionados con la cirugía y características de la infección. Resultados:
La mayoría
de los pacientes eran mujeres, denominadas blancas, con edades entre 40 y 50 años, usuarias del Sistema Único de
Salud, presentaban hipertensión arterial y diabetes mellitus. En cuanto a la evaluación antropométrica de los pacientes,
la prevalencia fue de 100kg e Índice de Masa Corporal con clasificación de obesidad Clase 3. La mayoría de las cirugías
se realizaron mediante el método de Bypass Gástrico, con una duración de dos a tres horas durante el intraoperatorio.
La profilaxis antibiótica más utilizada en conjunto fue cefalozina, cefuroxina y clindamicina. En cuanto a las características
de las infecciones, la profundidad prevalente fue en el espacio de órganos sin perfil de sensibilidad y sin agente infeccioso
aislado, seguida de Klebsiella pneumoniae, Morganella morganii. El resultado clínico fue el alta hospitalaria. Conclusión:
No hubo asociación estadísticamente significativa entre las variables analizadas, sin embargo, la identificación de factores
predisponentes puede ayudar a los profesionales del equipo multidisciplinario a adoptar medidas de prevención y control
de infecciones, garantizando procedimientos más seguros para los pacientes