Monitoramento de contatos de pacientes com tuberculose por agentes comunitários de saúde
Monitoreo de contactos de pacientes con tuberculosis por agentes comunitarios de salud
Monitoring contacts of tuberculosis patients by community health workers
Acta Paul. Enferm. (Online); 37 (), 2024
Publication year: 2024
Resumo Objetivo Analisar o monitoramento de contatos de pacientes com tuberculose (TB) na perspectiva de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Métodos Estudo descritivo, transversal e qualitativo, com ACS de oito Unidades Básicas de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde Casa Verde/Cachoerinha/Limão do Município de São Paulo, SP. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas de junho a julho de 2021. A Vigilância à Saúde constituiu o referencial conceitual e os depoimentos foram submetidos a análise de conteúdo. Resultados Os ACS (51) tinham um tempo médio de atuação de 7,4 anos e 169 famílias sob sua responsabilidade; referiram já ter tido casos de TB na microárea de atuação (68,7%) e algum treinamento em relação à doença (70,6%). Em geral, o monitoramento de contatos não era conhecido pelos participantes, que também não reconheciam essa atividade como uma tarefa de sua responsabilidade. Várias dificuldades foram identificadas na rotina de trabalho, incluindo: resistência dos contatos em ser avaliados em consulta e realizar os exames solicitados, aceitar a possibilidade de ter TB, não conseguir acessar os contatos, dentre outras. Conclusão O desconhecimento da necessidade de monitorar os contatos pode fragilizar a detecção precoce de casos novos de Tuberculose e a Infecção Latente por Tuberculose, e contribuir para a manutenção da transmissão da doença. Dada a importância dos ACS para essa prática, e considerando que são um importante elo entre a comunidade e a equipe de saúde, recomenda-se sua devida instrumentalização para a identificação precoce de novos casos de TB e para o monitoramento adequado dos contatos.
Resumen Objetivo Analizar el monitoreo de contactos de pacientes con tuberculosis (TB) bajo la perspectiva de agentes comunitarios de salud (ACS). Métodos Estudio descriptivo, transversal y cualitativo, con ACS de ocho Unidades Básicas de Salud de la Supervisión Técnica de Salud Casa Verde/Cachoerinha/Limão del municipio de São Paulo, estado de São Paulo. Se realizaron entrevistas semiestructuradas de junio a julio de 2021. La Vigilancia de la Salud constituyó el marco conceptual y los testimonios fueron sometidos al análisis de contenido. Resultados Los ACS (51) contaban con un tiempo promedio de actuación de 7,4 años y 169 familias bajo su responsabilidad. Declararon haber tenido casos de TB en su microárea de actuación (68,7 %) y alguna capacitación relacionada con la enfermedad (70,6 %). En general, los participantes no conocían el monitoreo de contactos y tampoco reconocían esa actividad como una tarea bajo su responsabilidad.
Se identificaron varias dificultades en la rutina de trabajo:
resistencia de los contactos a ser evaluados en consulta y realizar los exámenes solicitados, aceptar la posibilidad de tener TB, no poder acceder a los contactos, entre otras. Conclusión La falta de conocimiento de la necesidad de monitorear los contactos puede debilitar la detección temprana de nuevos casos de tuberculosis y de infección por tuberculosis latente, lo que contribuye a mantener la transmisión de la enfermedad. Dada la importancia de los ACS para esta práctica y considerando que son un importante eslabón entre la comunidad y el equipo de salud, se recomienda que sean debidamente preparados para la identificación temprana de nuevos casos de TB y para el monitoreo adecuado de los contactos.
Abstract Objective To analyze the monitoring of contacts of tuberculosis (TB) patients from the perspective of Community Health Workers (CHWs). Methods This was a descriptive, cross-sectional, qualitative study with CHWs from eight Primary Care Center in the Casa Verde/Cachoerinha/Limão Technical Health Supervision in the city of São Paulo, SP. Semi-structured interviews were conducted from June to July 2021. Health Surveillance was the conceptual framework and the statements were subjected to content analysis. Results The CHWs (51) had an average working time of 7.4 years and 169 families under their responsibility; they reported having already had cases of TB in the micro-area they worked in (68.7%) and had some training in the disease (70.6%). In general, the monitoring of contacts was not known by the participants, who also did not recognize this activity as a task for which they were responsible. Several difficulties were identified in the work routine, including: contacts' resistance to being assessed at appointments and carrying out the tests requested, accepting the possibility of having TB, not being able to access contacts, among others. Conclusion Ignorance of the need to monitor contacts can weaken the early detection of new cases of tuberculosis and latent tuberculosis infection, and contribute to maintaining the transmission of the disease. Given the importance of CHWs for this practice, and considering that they are an important link between the community and the health team, it is recommended that they be properly trained for the early identification of new TB cases and for the proper monitoring of contacts.