Pandemia de COVID-19: Sono e fadiga em profissionais da saúde mental
Pandemia de COVID-19: sueño y fatiga en profesionales de la salud mental
COVID-19 pandemic: Sleep and fatigue in mental health professionals
Acta Paul. Enferm. (Online); 37 (), 2024
Publication year: 2024
Resumo Objetivo Analisar a relação entre fadiga e qualidade do sono em profissionais dos serviços de saúde mental durante a pandemia de COVID-19. Métodos Este estudo transversal e correlacional foi desenvolvido entre outubro de 2021 e julho de 2022 com profissionais dos serviços de saúde mental no Rio Grande do Sul, Brasil. Foram usados questionários sociolaboral e de saúde, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e Escala de Avaliação da Fadiga. A análise foi descritiva e analítica, e foram usados testes qui-quadrado, exato de Fischer, correlação de Spearman e análise de regressão binária logística (nível de significância de 5%). Resultados Participaram 141 profissionais, com prevalência de má qualidade do sono e alta fadiga. A má qualidade do sono mostrou associação ao afastamento do trabalho por doença nos últimos seis meses (p=0,023), cansaço ao final da jornada de trabalho (p=0,011), realização de tratamento de saúde (p=0,012) e fadiga (p=0,006). A fadiga alta foi associada a sentir-se cansado ao final da jornada de trabalho (p=0,017). Modelos multivariados evidenciaram que profissionais com fadiga alta e cansaço frequentemente e/ou sempre apresentaram duas vezes mais chances de ter má qualidade do sono. Conclusão Fadiga e qualidade do sono estão significativamente associadas, com maior chance de má qualidade do sono entre os que apresentam níveis elevados de fadiga. Estratégias para reduzir a sobrecarga laboral, melhorar a qualidade do sono e promover um ambiente saudável são recomendadas.
Resumen Objetivo Analizar la relación entre fatiga y calidad del sueño en profesionales de los servicios de salud mental durante la pandemia de COVID-19. Métodos Este estudio transversal y correlacional se llevó a cabo entre octubre de 2021 y julio de 2022 con profesionales de los servicios de salud mental del estado de Rio Grande do Sul, Brasil. Se utilizó un cuestionario sociolaboral y otro de salud, el Índice de Calidad del Sueño de Pittsburgh y la Escala de Evaluación de la Fatiga. El análisis fue descriptivo y analítico y se utilizaron las pruebas ji cuadrado, exacto de Fischer, correlación de Spearman y análisis de regresión binaria logística (nivel de significación de 5 %). Resultados Participaron 141 profesionales, con una prevalencia de mala calidad del sueño y altos niveles de fatiga. La mala calidad del sueño demostró estar relacionada con la ausencia al trabajo por enfermedad en los últimos seis meses (p=0,023), cansancio al final de la jornada de trabajo (p=0,011), realización de tratamiento de salud (p=0,012) y fatiga (p=0,006). La fatiga elevada se relacionó con sentirse cansado al final de la jornada de trabajo (p=0,017). Modelos multivariados evidenciaron que los profesionales con elevada fatiga y cansancio presentan siempre o frecuentemente el doble de probabilidad de tener mala calidad del sueño. Conclusión La fatiga y la calidad del sueño están significativamente relacionadas con una mayor probabilidad de mala calidad del sueño entre las personas que presentan altos niveles de fatiga. Se recomiendan estrategias para reducir la sobrecarga laboral, mejorar la calidad del sueño y promover un ambiente saludable.
Abstract Objective To analyze the relationship between fatigue and sleep quality in mental health professionals during the COVID-19 pandemic. Method This cross-sectional and correlational study was carried out between October 2021 and July 2022 with professionals from mental health services in Rio Grande do Sul, Brazil. Socio-occupational and health questionnaires, the Pittsburgh Sleep Quality Index and the Fatigue Assessment Scale were used. The analysis was descriptive and analytical, and chi-square, Fischer's exact, Spearman's correlation and logistic binary regression analysis (5% significance level) were used. Results A total of 141 professionals took part, with a prevalence of poor sleep quality and high fatigue. Poor sleep quality was associated with sick leave in the last six months (p=0.023), tiredness at the end of the working day (p=0.011), health treatment (p=0.012) and fatigue (p=0.006). High fatigue was associated with feeling tired at the end of the working day (p=0.017). Multivariate models showed that professionals with high fatigue and frequent and/or constant tiredness were twice as likely to have poor sleep quality. Conclusion Fatigue and sleep quality are significantly associated, with a greater chance of poor sleep quality among those with high levels of fatigue. Strategies to reduce work overload, improve sleep quality and promote a healthy environment are recommended.