Cordel sobre violência obstétrica: orientações para a gestante e sua rede de apoio
Cordel about obstetric violence: guidelines for pregnant women and her support network
Cordel sobre violencia obstétrica: lineamientos para embarazadas y su red de apoyo

Rev Enferm Atual In Derme; 98 (1), 2024
Publication year: 2024

Ao longo dos anos, a assistência ao parto tem passado por mudanças, saindo do contexto natural e fisiológico para a submissão da parturiente aos profissionais, ameaçando sua autonomia e protagonismo das mulheres através de intervenções desnecessárias, a chamada violência obstétrica. Essa violência pode ocorrer de forma verbal, física e psicológica, caracterizada como apropriação do corpo feminino e dos processos reprodutivos pelos profissionais. Objetivou-se descrever a construção de uma tecnologia educativa no formato de um cordel sobre violência obstétrica com foco na orientação da gestante e sua rede de apoio. Trata-se de um estudo metodológico dividido em levantamento de dados, leitura de artigos e seleção de conteúdo para a construção da literatura de cordel. Após vasta pesquisa bibliográfica definiu-se os temas a serem abordados no cordel, desenvolvidos através de rimas, que são características dessa literatura. Posteriormente, foram selecionadas as imagens internas da literatura e da capa. O layout do cordel foi elaborado com o auxílio de vídeos pensando na acessibilidade como ponto chave do corpo do texto. Ademais, foi produzido pelas autoras um cordel de título “Violência obstétrica, vamos aprender?”, com oito páginas, capa e contracapa, contendo 24 estrofes com seis versos cada. O estudo desenvolvido possibilitou o conhecimento, a reflexão e o pensamento crítico sobre o tema
Over the years, childbirth assistance has undergone changes, moving away from the natural and physiological context towards the subjugation of birthing individuals to healthcare professionals, threatening their autonomy and women's agency through unnecessary interventions, known as obstetric violence. This violence can manifest verbally, physically, and psychologically, involving the appropriation of the female body and reproductive processes by healthcare providers. The objective of this study was to describe the development of an educational technology in the form of a "cordel" (traditional Brazilian poetic literature) focusing on educating pregnant women and their support network about obstetric violence. The study followed a methodological approach, including data collection, article review, and content selection for the creation of the cordel literature. Themes to be addressed in the cordel were defined through extensive bibliographic research and expressed in rhymes characteristic of this literary form. Internal images for the literature and cover were subsequently selected, and the cordel layout was designed with the incorporation of videos to prioritize accessibility. The authors produced a cordel titled "Obstetric Violence, Shall We Learn?" comprising eight pages, cover, and back cover, with 24 stanzas, each composed of six verses. The study facilitated knowledge, reflection, and critical thinking about the topic
A lo largo de los años, la asistencia al parto ha pasado por cambios, saliendo del contexto natural y fisiológico para la sumisión de la parturiente a los profesionales, amenazando su autonomía y protagonismo de las mujeres a través de intervenciones innecesarias, la llamada violencia obstétrica. Esta violencia puede ocurrir de forma verbal, física y psicológica, caracterizada como apropiación del cuerpo femenino y de los procesos reproductivos por los profesionales. Se objetivó describir la construcción de una tecnología educativa en el formato de un cordel sobre violencia obstétrica con foco en la orientación de la gestante y su red de apoyo. Se trata de un estudio metodológico dividido en levantamiento de datos, lectura de artículos y selección de contenido para la construcción de la literatura de cordel. Después de vasta investigación bibliográfica se definieron los temas a ser abordados en el cordel, desarrollados a través de rimas, que son características de esa literatura. Posteriormente, fueron seleccionadas las imágenes internas de la literatura y de la portada. El diseño del cordel fue elaborado con la ayuda de videos pensando en la accesibilidad como punto clave del cuerpo del texto. Además, fue producido por las autoras un hilo de título "Violencia obstétrica, vamos a aprender?" con ocho páginas, portada y contraportada, que contiene 24 estrofas con seis versos cada una. El estudio desarrollado posibilitó el conocimiento, la reflexión y el pensamiento crítico sobre el tema