Referência; serVI (3), 2024
Publication year: 2024
Resumo Enquadramento:
A ventilação não invasiva (VNI) constitui uma estratégia terapêutica à pessoa com insuficiência respiratória aguda (IRA). Objetivo:
Analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas, das pessoas internadas na medicina interna, e a adaptação e complicações da VNI. Metodologia:
Estudo observacional retrospetivo de coorte, com amostra de 239 pessoas. A colheita de dados foi efetuada através de registos eletrónicos no SClínico, utilizando um guia de extração de dados. Resultados:
Verificou-se que 25,1% das pessoas estavam inadaptadas à VNI, associando-se significativamente com a alimentação oral, confusão e uso de contenção mecânica. As complicações verificaram-se em 33,5% da amostra, sendo as mais frequentes secreções, lesão no nariz e vómitos. Constatou-se uma associação estatisticamente significativa entre o número de complicações e pessoas alimentadas por sonda nasogástrica (SNG), confusas, com medidas de contenção mecânica e a utilizarem máscara oro-nasal. Conclusão:
A vigilância da pessoa submetida a VNI deve ser assegurada por uma equipa de enfermagem especializada. Devem ser implementados protocolos conducentes à prevenção de complicações e promotores de adaptabilidade à VNI.
Abstract Background:
Non-invasive ventilation is a therapeutic strategy for patients with acute respiratory failure. Objective:
To analyze the relationship between the sociodemographic and clinical variables of patients hospitalized in internal medicine services and the adaptation to and complications of non-invasive ventilation. Methodology:
A retrospective observational cohort study was carried out with a sample of 239 patients. Data were collected from electronic records in the information system SClínico, using a data extraction guide. Results:
A total of 25.1% of the participants did not adapt to non-invasive ventilation, and this was significantly associated with oral feeding, confusion, and the use of mechanical restraint measures. Complications occurred in 33.5% of the sample. The most frequent complications were secretions, nasal injuries, and vomiting. There was a statistically significant association between the number of complications and patients fed by nasogastric tube, confused, with mechanical restraint measures, and wearing an oronasal mask. Conclusion:
The monitoring of patients on non-invasive ventilation should be carried out by a specialized nursing team. Protocols should be implemented to prevent complications and promote patient adaptation to non-invasive ventilation.
Resumen Marco contextual:
La ventilación no invasiva (VNI) es una estrategia terapéutica para las personas con insuficiencia respiratoria aguda (IRA). Objetivo:
Analizar la relación entre las variables sociodemográficas y clínicas de las personas ingresadas en medicina interna y la adaptación y complicaciones de la VNI. Metodología:
Estudio observacional retrospectivo de cohortes con una muestra de 239 personas. Los datos se recogieron a través de registros electrónicos en SClínico, mediante una guía de extracción de datos. Resultados:
Se observó que el 25,1% de las personas no eran aptas para la VNI, lo que se asoció significativamente con la alimentación oral, la confusión y el uso de contención mecánica. Se produjeron complicaciones en el 33,5% de la muestra, y las más frecuentes fueron secreciones, lesiones en la nariz y vómitos. Se encontró una asociación estadísticamente significativa entre el número de complicaciones y las personas alimentadas por sonda nasogástrica (SNG), confusas, con medidas de contención mecánica y que utilizaban mascarilla oronasal. Conclusión:
La persona sometida a VNI debe ser controlada por un equipo de enfermería especializado. Deben aplicarse protocolos para prevenir complicaciones y favorecer la adaptabilidad a la VNI.