Análise de gestantes com sífilis residentes em municípios interioranos
Analysis of pregnant women with syphilis residing in interior municipalities
Análisis de gestantes com sífilis residentes en municipios del interior

Enferm. foco (Brasília); 15 (), 2024
Publication year: 2024

Objetivo:

O estudo objetivou analisar o pré-natal de gestantes diagnosticadas com sífilis na região Norte do Espírito Santo.

Métodos:

Estudo transversal, a partir das notificações de sífilis gestacional de 2015 a 2017. A análise foi feita com base no número de consultas realizadas, empregando-se os testes Qui-quadrado de Pearson e a Regressão de Poisson, adotandose nível de 5%.

Resultados:

Ao todo, 490 gestantes foram notificadas. A maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre (76,1%) e quase metade das notificações (49,7%) ocorreram no mesmo período. Houve predomínio da sífilis terciária (45,6%) e do esquema Penicilina G benzatina 7.200.000 UI (77,7%). A maior parte dos parceiros foram tratados (55,6%) com Penicilina G benzatina 7.200.000 UI (40,5%). A prevalência de consultas de pré-natal foi menor nas mães consideradas pardas (RP= 0,83; IC95%: 0,72-0,94) e naquelas que iniciaram o pré-natal (RP= 0,83; IC95%: 0,72-0,95) e foram notificadas (RP= 0,50; IC95%: 0,30- 0,81) no terceiro trimestre de gestação. Aquelas que relataram viver com o companheiro tiveram maior prevalência de consulta de pré-natal (RP= 1,17; IC95%: 1,02-1,33).

Conclusão:

Os resultados indicam interferência da raça/cor, do acompanhamento pré-natal e da notificação iniciados de forma tardia, como fatores relacionados às gestantes com sífilis. (AU)

Objective:

The study aimed to analyze the prenatal care of pregnant women diagnosed with syphilis in the northern region of Espírito Santo.

Methods:

Cross-sectional study, based on notifications of gestational syphilis from 2015 to 2017. The analysis was based on the number of consultations performed, using Pearson’s chi-square test and Poisson’s regression, adopting a level of 5%.

Results:

In all, 490 pregnant women were notified. Most started prenatal care in the first trimester (76.1%) and almost half of the notifications (49.7%) occurred in the same period. There was a predominance of tertiary syphilis (45.6%) and of the Penicillin G benzathine regimen 7,200,000 IU (77.7%). Most partners were treated (55.6%) with Penicillin G benzathine 7,200,000 IU (40.5%). The prevalence of prenatal consultations was lower in mothers considered to be brown (PR= 0.83; 95%CI: 0.72-0.94) and in those who started prenatal care (PR= 0.83; 95%CI: 0.72-0.95) and were notified (PR= 0.50; 95%CI: 0.30-0.81) in the third trimester of pregnancy. Those who reported living with a partner had a higher prevalence of prenatal consultations (PR= 1.17; 95%CI: 1.02-1.33).

Conclusion:

The results indicate interference of race/color, prenatal care and notification started late, as factors related to pregnant women with syphilis. (AU)

Objetivo:

El estudio tuvo como objetivo analizar la atención prenatal de mujeres embarazadas diagnosticadas con sífilis en la región norte de Espírito Santo.

Métodos:

Estudio transversal, basado en notificaciones de sífilis gestacional de 2015 a 2017. El análisis se basó en el número de consultas realizadas, utilizando la prueba de chi-cuadrado de Pearson y regresión de Poisson, adoptando un nivel del 5%.

Resultados:

En total, se notificó a 490 mujeres embarazadas. La mayoría inició la atención prenatal en el primer trimestre (76,1%) y casi la mitad de las notificaciones (49,7%) ocurrieron en el mismo período. Predominó la sífilis terciaria (45,6%) y el régimen de penicilina G benzatínica 7.200.000 UI (77,7%). La mayoría de las parejas fueron tratadas (55,6%) con penicilina G benzatina 7.200.000 UI (40,5%). La prevalencia de consultas prenatales fue menor en las madres consideradas morenas (RP= 0,83; IC95%: 0,72-0,94) y en las que iniciaron atención prenatal (RP= 0,83; IC95%: 0,72-0,95) y fueron notificadas (PR= 0,50; IC95%: 0,30-0,81) en el tercer trimestre del embarazo. Aquellas que refirieron vivir en pareja tuvieron una mayor prevalencia de consultas prenatales (RP= 1,17; IC95%: 1,02-1,33).

Conclusión:

Los resultados indican interferencia de raza/color, atención prenatal y notificación tardía, como factores relacionados con mujeres embarazadas con sífilis. (AU)