Desfechos neonatais associados a intervenções obstétricas realizadas no trabalho de parto de nulíparas
Neonatal outcomes associated with obstetric interventions performed in labor in nulipara
Resultados neonatales asociados a intervenciones obstétricas realizadas en parto en nulipara

Enferm. foco (Brasília); 15 (), 2024
Publication year: 2024

Objetivo:

Descrever os desfechos neonatais associados a intervenções obstétricas realizadas durante o trabalho de parto de nulíparas de baixo risco.

Métodos:

Estudo observacional, descritivo, com amostragem consecutiva. Realizado em Fortaleza, Ceará, de agosto a outubro de 2021.

Resultados:

Observou-se 87 partos.

Quanto às intervenções:

cesarianas 19 (21,8%), venólise 46 (52,9%), redução do colo ao exame de toque 9 (10,3%), analgesia neuroaxial 16 (18,4%), parto instrumentado 8 (9,2%), incentivo à manobra de Valsava 34 (47,9%) e a puxos dirigidos 50 (72,5%), uso de ocitocina 13 (14,9%), amniotomia 24 (44,4%), episiotomia 2 (2,9%) e Kristeller 2 (2,9%).

Quanto aos desfechos neonatais:

contato pele a pele 50 (57,5%), permanência com a mãe após o parto 54 (62,1%), incentivo a amamentação 61 (70,1%), pele a pele em partos cirúrgicos 19 (21,8%), clampeamento oportuno do cordão umbilical 68 (78,2%), Apgar no primeiro minuto menor que 7, 5 (5,7%), ventilação por pressão positiva (VPP) 3 (3,4%), oxigenoterapia 6 (6,8%), frequência cardíaca <100 bpm 2 (2,9%), encaminhamento à unidade de médio risco 2 (2,9%) e terapia intensiva neonatal 1 (1,1%). Tocotraumatismo 6 (6,9%).

Conclusão:

O percentual de intervenções nessa população foi menor, quando comparados a cenários semelhantes, porém de prevalência expressiva, podendo favorecer a desfechos neonatais desfavoráveis. (AU)

Objective:

To describe neonatal outcomes associated with obstetric interventions performed during labor in low-risk nulliparous women.

Methods:

Observational, descriptive study with consecutive sampling. Held in Fortaleza, Ceará, from August to October 2021.

Results:

There were 87 deliveries.

Regarding interventions:

cesarean sections 19 (21.8%), venolysis 46 (52.9%), cervical reduction on digital examination 9 (10.3%), neuraxial analgesia 16 (18.4%), instrumented delivery 8 (9.2%), encouragement of the Valsalva maneuver 34 (47.9%) and directed pushing 50 (72.5%), use of oxytocin 13 (14.9%), amniotomy 24 (44.4%), episiotomy 2 (2.9%) and Kristeller 2 (2.9%).

Regarding neonatal outcomes:

skin-to-skin contact 50 (57.5%), staying with the mother after delivery 54 (62.1%), encouraging breastfeeding 61 (70.1%), skin-to-skin in surgical deliveries 19 (21.8%), timely clamping of the umbilical cord 68 (78.2%), Apgar in the first minute less than 7.5 (5.7%), positive pressure ventilation (PPV) 3 (3.4%), oxygen therapy 6 (6.8%), heart rate <100 bpm 2 (2.9%), referral to medium risk unit 2 (2.9%) and neonatal intensive care 1 (1.1%). Tocotraumatism 6 (6.9%).

Conclusion:

The percentage of interventions in this population was lower when compared to similar scenarios, but with significant prevalence, which may favor unfavorable neonatal outcomes. (AU)

Objetivo:

Describir los resultados neonatales asociados a las intervenciones obstétricas realizadas durante el trabajo de parto en mujeres nulíparas de bajo riesgo.

Métodos:

Estudio observacional, descriptivo con muestreo consecutivo. Realizado en Fortaleza, Ceará, de agosto a octubre de 2021.

Resultados:

Hubo 87 partos.

En cuanto a las intervenciones:

cesáreas 19 (21,8%), venólisis 46 (52,9%), reducción cervical al examen digital 9 (10,3%), analgesia neuroaxial 16 (18,4%), parto instrumentado 8 (9,2%), estímulo de la maniobra de Valsalva 34 (47,9%) y pujo dirigido 50 (72,5%), uso de oxitocina 13 (14,9%), amniotomía 24 (44,4%), episiotomía 2 (2,9%) y Kristeller 2 (2,9%).

En cuanto a los resultados neonatales:

contacto piel con piel 50 (57,5%), permanecer con la madre después del parto 54 (62,1%), fomentar la lactancia materna 61 (70,1%), piel con piel en partos quirúrgicos 19 (21,8%), pinzamiento oportuno del cordón umbilical 68 (78,2%), Apgar en el primer minuto menor de 7,5 (5,7%), ventilación con presión positiva (VPP) 3 (3,4%), oxigenoterapia 6 (6,8%), frecuencia cardiaca <100 lpm 2 (2,9%), derivación a unidad de medio riesgo 2 (2,9%) y cuidados intensivos neonatales 1 (1,1%). Tocotraumatismo 6 (6,9%).

Conclusión:

El porcentaje de intervenciones en esta población fue menor al compararlo con escenarios similares, pero con prevalencia significativa, lo que puede favorecer desenlaces neonatales desfavorables. (AU)