Complicações obstétricas em adolescentes e impacto na saúde materna e infantil: resultados de uma análise retrospectiva em um hospital brasileiro (2019-2021)
Obstetric complications in adolescents and impact on maternal and child health: results of a retrospective analysis in a Brazilian hospital (2019-2021)

Nursing (Ed. bras., Impr.); 29 (319), 2025
Publication year: 2025

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo identificar a incidência de gestações em adolescentes, tipos de partos, categorias de hospitalização e diagnósticos obstétricos em um hospital universitário brasileiro entre janeiro de 2019 e agosto de 2021.

Método:

Foi realizado um estudo retrospectivo, analisando 188 prontuários eletrônicos de adolescentes com idades entre 10 e 19 anos. As variáveis coletadas incluíram idade, número de gestações, tipos de partos, nível de risco da hospitalização, tempo de permanência hospitalar, complicações maternas e fetais, diagnósticos obstétricos, planejamento familiar e idade gestacional no nascimento. Foram realizadas análises descritivas para calcular frequências absolutas, percentuais, médias e desvios padrão.

Resultados:

A maioria das adolescentes era primigesta (84,6%) e o parto vaginal foi predominante (63,3%). Complicações obstétricas ocorreram em 35,1% dos casos, sendo lacerações perineais e episiotomias as mais comuns (40,0%). A idade gestacional média no nascimento foi de 37,5 semanas, com uma taxa de prematuridade de 14,4%. O planejamento familiar pós-parto foi aceito por 40,8% das adolescentes, sendo o dispositivo intrauterino (DIU) o método mais escolhido (48,5%).

Conclusão:

A gravidez na adolescência continua sendo um desafio para a saúde pública, associada a complicações obstétricas significativas. A alta aceitação dos métodos contraceptivos no pós-parto, especialmente o DIU, destaca a importância de intervenções educacionais e de saúde reprodutiva para melhorar os desfechos maternos e infantis nessa população.(AU)

Objective:

This study aimed to identify the incidence of adolescent pregnancies, types of deliveries, hospitalization categories, and obstetric diagnoses in a Brazilian university hospital between January 2019 and August 2021.

Methods:

A retrospective study was conducted, analyzing 188 electronic medical records of adolescents aged 10 to 19 years. The variables collected included age, number of pregnancies, types of deliveries, risk level of hospitalization, length of hospital stay, maternal and fetal complications, obstetric diagnoses, family planning, and gestational age at birth. Descriptive analyses were performed to calculate absolute frequencies, percentages, means, and standard deviations.

Results:

The majority of the adolescents were primigravida (84.6%), and vaginal delivery was predominant (63.3%). Obstetric complications occurred in 35.1% of the cases, with perineal lacerations and episiotomies being the most common (40.0%). The mean gestational age at birth was 37.5 weeks, with a prematurity rate of 14.4%. Postpartum family planning was accepted by 40.8% of the adolescents, with the intrauterine device (IUD) being the most chosen method (48.5%).

Conclusion:

Adolescent pregnancy remains a public health challenge, associated with significant obstetric complications. The high acceptance of postpartum contraceptive methods, especially the IUD, highlights the importance of educational and reproductive health interventions to improve maternal and infant outcomes in this population.(AU)

Objetivo:

Identificar y describir estrategias, facilitadores y dificultades en la operacionalización de los indicadores de atención a la gestante, desde la perspectiva de los enfermeros en un municipio del noroeste paulista.

Método:

Se trata de una investigación de naturaleza exploratoria, descriptiva y cualitativa, realizada en dieciocho Unidades de Salud de la Familia mediante un cuestionario semi-estructurado distribuido a veinticuatro enfermeros.

Resultados:

Los datos obtenidos señalaron que las estrategias adoptadas por el equipo incluyen la búsqueda activa y la captación temprana de las usuarias. Los facilitadores identificados fueron la disponibilidad de insumos, la colaboración, el compromiso y la accesibilidad del equipo, mientras que las dificultades mencionadas fueron la falta de adhesión al prenatal, la captación tardía y el sistema de información municipal.

Conclusión:

Se destacó el papel fundamental del enfermero y el trabajo interdisciplinario del equipo, subrayando la necesidad de adaptaciones en el sistema de información para lograr los objetivos propuestos.(AU)