Caracterização clínica de mulheres submetidas à histerectomia obstétrica por consequência da hemorragia pós-parto
Clinical characterization of women submitted to obstetric hysterectomy as a consequence of postpartum hemorrhage
Caracterización clínica de mujeres sometidas a histerectomía obstétrica por cuenta de hemorragia postparto

Rev. Enferm. Atual In Derme; 97 (4), 2023
Publication year: 2023

Objetivo:

Realizar a caracterização clínica de mulheres submetidas à histerectomia obstétrica por consequência da hemorragia pós-parto.

Métodos:

estudo descritivo-exploratório, de abordagem quantitativa e caráter documental por se tratar de pesquisa em prontuários. Adotou-se como critérios de inclusão, prontuários de mulheres que pariram via parto vaginal ou cesariana e com idade igual ou acima de 18 anos; que tenham sido submetidas a histerectomia obstétrica em decorrência da hemorragia pós-parto; e submetidas ao procedimento cirúrgico no período de janeiro de 2018 a junho de 2022. Diante disso, somente 15 prontuários atenderam aos critérios.

Resultados:

a cesariana foi a principal via de parto (93,3%) e o sofrimento fetal a maior indicação dessa via (21,4%). No que tange aos primeiros sinais de hemorragia puerperal identificados pela equipe assistencial, o sangramento transvaginal ocorreu em toda a amostra correspondendo a 100%. A hemorragia pós-parto foi classificada como primária (93,3%) e teve a atonia uterina como maior causa (86,6%). A histerectomia subtotal foi a técnica cirúrgica mais utilizada (93,3%) e o tempo médio da expulsão do feto até a realização da histerectomia obstétrica ficou em 6,4 horas.

Conclusão:

Este estudo permitiu evidenciar a importância do tema tratado, uma vez que a hemorragia pós-parto é uma das principais causa de mortalidade materna em todo mundo. Portanto, conhecer o perfil clínico dessas mulheres é primordial para fornecer assistência de qualidade além de ofertar subsídios para protocolos e pesquisas futuras

Objective:

To carry out the clinical characterization of women who underwent obstetric hysterectomy as a result of postpartum hemorrhage.

Methods:

descriptive-exploratory study, with a quantitative approach and documentary character, as it is a research in medical records.

The following inclusion criteria were adopted:

medical records of women who gave birth via vaginal delivery or cesarean section and aged 18 years or over; who have undergone an obstetric hysterectomy due to postpartum hemorrhage; and submitted to the surgical procedure from January 2018 to June 2022. Therefore, only 15 medical records met the criteria.

Results:

cesarean section was the main mode of delivery (93.3%) and fetal distress was the main indication for this route (21.4%). With regard to the first signs of puerperal hemorrhage identified by the care team, transvaginal bleeding occurred in the entire sample, corresponding to 100%. Postpartum hemorrhage was classified as primary (93.3%) and had uterine atony as the main cause (86.6%). Subtotal hysterectomy was the most used surgical technique (93.3%) and the mean time from fetal expulsion to obstetric hysterectomy was 6.4 hours.

Conclusion:

This study made it possible to highlight the importance of the topic addressed, since postpartum hemorrhage is one of the main causes of maternal mortality worldwide. Therefore, knowing the clinical profile of these women is essential to provide quality care, in addition to offering subsidies for protocols and future research

Objetivo:

Realizar la caracterización clínica de mujeres sometidas a la histerectomía obstétrica por cuenta de hemorragia posparto.

Métodos:

estudio descriptivo-exploratorio, con abordaje cuantitativo y carácter documental, por tratarse de una investigación en historias clínicas.

Fueron adoptados los siguientes criterios de inclusión:

prontuario de mujeres que dieron la luz por parto vaginal o cesárea y con edad igual o superior a 18 años; que se han sometido a una histerectomía obstétrica por hemorragia posparto; y se sometieron al procedimiento quirúrgico de enero de 2018 a junio de 2022. Por lo tanto, solo 15 historias clínicas cumplieron con los criterios.

Resultados:

la cesárea fue la principal vía de parto (93,3%) y el sufrimiento fetal la principal indicación por esta vía (21,4%). Con respecto a los primeros signos de hemorragia puerperal identificados por el equipo asistencial, se presentó sangrado transvaginal en toda la muestra, correspondiente a 100%. La hemorragia posparto se clasificó como primaria (93,3%) y tuvo como principal causa la atonía uterina (86,6%). La histerectomía subtotal fue la técnica quirúrgica más utilizada (93,3%) y el tiempo medio desde la expulsión fetal hasta la histerectomía obstétrica fue de 6,4 horas.

Conclusión:

Este estudio destacó la importancia del tema abordado, ya que la hemorragia posparto sigue siendo una de las principales causas de mortalidad materna a nivel mundial. Por lo tanto, conocer el perfil clínico de estas mujeres es fundamental para brindar una atención de calidad, además de ofrecer subsidios para protocolos y futuras investigaciones