Identidade profissional e limitação da autonomia da Enfermeira Obstetra em hospital de ensino: estudo qualitativo
Identidad profesional y limitación de la autonomía de la Enfermera Obstétrica en un hospital de enseñanza: un estudio cualitativo
Professional identity and limitation of autonomy of the Obstetric Nurse in a teaching hospital: a qualitative study
Esc. Anna Nery Rev. Enferm; 28 (), 2024
Publication year: 2024
Resumo Objetivo analisar a organização do trabalho da enfermeira obstetra em hospitais de ensino, com foco na relação entre identidade profissional e as limitações que afetam a autonomia dessa profissão. Método pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, com entrevistas semiestruturadas realizadas entre junho e julho de 2023, com 15 enfermeiras obstetras de dois hospitais federais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. A análise seguiu o método de Bardin, dividindo-se em três etapas: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Resultados a autopercepção das enfermeiras obstetras, associada à falta de reconhecimento e à ausência de um sentimento de pertencimento, resulta em uma identidade social frágil, impactando diretamente na autonomia, na realização profissional e no reconhecimento da Enfermagem como profissão. Considerações finais e implicações para a prática a atuação das enfermeiras obstetras é frequentemente limitada, com seu poder decisório relegado a segundo plano. É fundamental refletir sobre o papel dessas profissionais, destacando a necessidade de valorização e reconhecimento como membros essenciais de uma equipe multiprofissional. A manutenção da identidade profissional e a expressão da autonomia das enfermeiras no contexto obstétrico enfrentam desafios devido a diversos fatores presentes no cotidiano da prática.
Resumen Objetivo analizar la organización del trabajo de enfermeras obstétricas y su relación con la autonomía y la identidad profesional. Método investigación descriptiva con enfoque cualitativo, mediante entrevistas semiestructuradas realizadas entre junio y julio de 2023, a 15 enfermeras obstétricas, de dos hospitales federales administrados por la Empresa Brasileña de Servicios Hospitalarios. El análisis de contenido se realizó según el método propuesto por Bardin, dividido en tres etapas: preanálisis, exploración del material y tratamiento de resultados. Resultados la autopercepción de las enfermeras obstétricas, asociada a la falta de reconocimiento y al ausente sentido de pertenencia, contribuye a una identidad social frágil, lo que impacta directamente en la autonomía, la realización personal y el reconocimiento de la Enfermería como profesión. Consideraciones finales e implicaciones para la práctica el papel de la enfermería obstétrica está limitado, y su poder de decisión queda relegado a segundo plano. Es necesario reflexionar sobre la importancia de estos profesionales en los espacios de trabajo de obstetricia, destacando la necesidad de mayor valorización y reconocimiento como miembros esenciales del equipo multidisciplinario. El mantenimiento de la identidad profesional y la expresión de autonomía de las enfermeras en la práctica obstétrica se ve afectado por varios factores presentes en el cotidiano de la práctica profesional.
Abstract Objective to analyze the work organization of obstetric nurses and their relationship with autonomy and professional identity. Method descriptive research with a qualitative approach, using semi-structured interviews conducted between June and July 2023, with a total of 15 obstetric nurses from two federal hospitals managed by the Brazilian Hospital Services Company. Content analysis was performed according to Bardin's method, divided into three stages: pre-analysis, material exploration and results treatment. Results self-perception, associated with a lack of recognition and a sense of belonging, contributes to a fragile social identity, which directly impacts autonomy, personal fulfillment, and the recognition of Nursing as a profession. Final considerations and implications for practice obstetric nurses face limitations in their role, with their decision-making power often being sidelined. Reflecting on the importance of these professionals in obstetric workspaces is crucial, emphasizing the need for greater appreciation and recognition as members of a multidisciplinary team. The maintenance of professional identity and the expression of autonomy in obstetric nursing face challenges due to various factors in the daily practice environment.