Sintomas urinários e intestinais na ótica de crianças, seus cuidadores e especialistas: estudo qualitativo à luz da teoria dos sintomas desagradáveis
Síntomas urinarios e intestinales desde la perspectiva de los niños, sus cuidadores y especialistas: estudio cualitativo a la luz de la teoría de los síntomas desagradables
Bladder and bowel symptoms from the perspective of children, their caregivers and specialists: a qualitative study in the light of the theory of unpleasant symptoms

Reme (Online); 28 (), 2024
Publication year: 2024

RESUMO Objetivo:

entender a experiência de sintomas urinários e intestinais na infância, considerando a Teoria de Sintomas Desagradáveis, pelos olhares das crianças, seus cuidadores e especialistas.

Método:

realizou-se um estudo descritivo, qualitativo, recrutando crianças e cuidadores em um ambulatório de enfermagem especializado de um hospital público de ensino no Distrito Federal. Especialistas, em sua maioria da mesma instituição, foram recrutados, além de profissionais de outros estabelecimentos de saúde pela técnica de bola de neve. A coleta de dados foi de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020, por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise temática seguiu uma abordagem indutiva, baseada no referencial teórico.

Resultados:

participaram 14 especialistas, 11 cuidadores e 7 crianças. Identificaram-se três categorias temáticas: verbalização das características dos sintomas pela criança; fatores que influenciam a experiência dos sintomas; repercussões como contribuintes para dos sintomas na criança. Os entrevistados destacaram fatores fisiológicos, psicológicos e situacionais. Quanto às repercussões, bullying, desempenho escolar e a dificuldade de dormir fora foram pontos importantes. Recomenda-se linguagem simples e acessível, usando 'xixi' e 'cocô', e termos relacionados ao tempo, facilitando coletar informações das crianças e incluir sua perspectiva no cuidado urológico.

Conclusão:

o estudo proporcionou uma compreensão detalhada da experiência de sintomas urinários e intestinais em crianças, segundo a Teoria de Sintomas Desagradáveis. Os achados ajudam a melhorar e qualificar o cuidado em urologia pediátrica, adotando uma abordagem centrada na criança, aplicável tanto em atenção especializada quanto primária à saúde.

RESUMEN Objetivo:

comprender la vivencia de los síntomas urinarios e intestinales en la infancia, considerando la Teoría de los Síntomas Desagradables, a través de la mirada de los niños, sus cuidadores y especialistas.

Método:

se realizó un estudio descriptivo, cualitativo, reclutando niños y cuidadores en un ambulatorio de enfermería especializada de un hospital público universitario del Distrito Federal. Se reclutaron especialistas, en su mayoría de la misma institución, además de profesionales de otros establecimientos de salud mediante la técnica de bola de nieve. La recolección de datos se realizó desde febrero de 2019 hasta febrero de 2020, mediante entrevistas semiestructuradas. El análisis temático siguió un enfoque inductivo, basado en el marco teórico.

Resultados:

participaron 14 especialistas, 11 cuidadores y 7 sintomáticas por parte del niño; factores que influyen en la experiencia de los síntomas; repercusiones como contribuyentes a los síntomas en los niños. Los encuestados destacaron síntomas fisiológicos, psicológicos y situacionales. En cuanto a las repercusiones, el acoso escolar, el rendimiento escolar y la dificultad para dormir a la intemperie fueron puntos importantes. Se recomienda un lenguaje sencillo y accesible, utilizando 'pipí' y 'caca', y términos relacionados con el tiempo, que faciliten recoger información de los niños e incluir su perspectiva en la atención urológica.

Conclusión:

el estudio proporcionó una comprensión detallada de la vivencia de los síntomas urinarios e intestinales en los niños, según la Teoría de los Síntomas Desagradables. Los hallazgos ayudan a mejorar y calificar la atención en urología pediátrica, adoptando un enfoque centrado en el niño, aplicable tanto en la atención primaria como especializada.

ABSTRACT Objective:

to understand the experience of urinary and intestinal symptoms in childhood, considering the Theory of Unpleasant Symptoms, through the eyes of children, their caregivers and specialists.

Method:

a descriptive, qualitative study was carried out, recruiting children and caregivers from a specialized nursing outpatient clinic in a public teaching hospital in the Federal District. Specialists, mostly from the same institution, were recruited, as well as professionals from other health establishments using the snowball technique. Data was collected from February 2019 to February 2020 through semi-structured interviews. The thematic analysis followed an inductive approach, based on the theoretical framework.

Results:

a total of 14 specialists, 11 caregivers and 7 children took part.

Three thematic categories were identified:

verbalization of symptom characteristics by the child; factors that influence the experience of symptoms; repercussions as contributors to the child's symptoms. The interviewees highlighted physiological, psychological and situational factors. As for the repercussions, bullying, school performance and the difficulty of sleeping outside were important points. Simple and accessible language is recommended, using 'pee' and 'poop', and time-related terms, making it easier to collect information from children and include their perspective on urological care.

Conclusion:

the study provided a detailed understanding of the experience of urinary and intestinal symptoms in children, according to the Unpleasant Symptoms Theory. The findings help to improve and qualify care in pediatric urology, adopting a child-centered approach, applicable to both specialized and primary health care.