Referência; serVI (4), 2025
Publication year: 2025
Resumo Enquadramento:
O delirium ainda é subdiagnosticado e negligenciado nas Unidades de Cuidados Intensivos, condicionando significativamente o prognóstico e recuperação da Pessoa em Situação Crítica. Objetivos:
Avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre as escalas de avaliação do delirium na Pessoa em Situação Critica; identificar os motivos da sua não utilização, os fatores que concorrem para o delirium e intervenções de enfermagem implementadas. Metodologia:
Estudo quantitativo, descritivo, exploratório e transversal, com 115 enfermeiros de uma Unidade Cuidados Intensivos. O instrumento de recolha de dados foi um questionário. Resultados:
Verificou-se que 44,3% dos enfermeiros conhece uma escala de avaliação do delirium na Pessoa Situação Crítica, sendo a Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit a mais referida. Apenas 5,2% dos enfermeiros aplica uma escala de avaliação de delirium e a intervenção de enfermagem mais apontada foi "promover ambiente tranquilo" (57,9%). Conclusão:
O delirium não é habitualmente avaliado ou é avaliado de forma inadequada pelos enfermeiros, no entanto, estes implementam intervenções interdependentes e autónomas no cuidado à Pessoa em Situação Crítica com delirium.
Abstract Background:
Delirium remains underdiagnosed and neglected in intensive care units (ICUs), significantly affecting the prognosis and recovery of critically ill patients. Objectives:
To assess nurses' knowledge of scales used to assess delirium in critically ill patients and to identify reasons for not using them, risk factors for delirium, and nursing interventions used. Methodology:
A quantitative, descriptive, exploratory, and cross-sectional study involving 115 nurses from an ICU. The data collection instrument was a questionnaire. Results:
It was found that 44.3% of nurses were familiar with a scale for assessing delirium in critically ill patients, with the most commonly cited scale being the Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit. Only 5.2% of nurses used a delirium assessment scale, and the most frequently reported nursing intervention was "Promote a quiet environment" (57.9%). Conclusion:
Although nurses often do not assess delirium or assess it inadequately, they still implement interdependent and autonomous interventions to care for critically ill patients with delirium.
Resumen Marco contextual:
El delirio sigue estando infradiagnosticado y desatendido en las unidades de cuidados intensivos, lo que afecta significativamente al pronóstico y la recuperación de los pacientes críticos. Objetivos:
Evaluar el conocimiento de los enfermeros de las escalas utilizadas para valorar el delirio en pacientes críticos; identificar las razones para no utilizarlas, los factores que contribuyen al delirio y las intervenciones de enfermería aplicadas. Metodología:
Estudio cuantitativo, descriptivo, exploratorio y transversal con 115 enfermeros de una unidad de cuidados intensivos. El instrumento de recogida de datos fue un cuestionario. Resultados:
Se observó que el 44,3% de los enfermeros conoce una escala para evaluar el delirio en el enfermo crítico, y la Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit fue la más señalada. Sólo el 5,2% de los enfermeros aplica una escala de evaluación del delirio y la intervención de enfermería más mencionada fue "promover un entorno tranquilo" (57,9%). Conclusión:
Los enfermeros no suelen evaluar el delirio o lo hacen de forma inadecuada, y, sin embargo, aplican intervenciones interdependientes y autónomas cuando atienden a enfermos críticos con delirio.