Obstetric racism suffered by black women in prenatal and childbirth care: a qualitative study
Racismo obstétrico sufrido por mujeres negras en la atención prenatal y el parto: un estudio cualitativo
Racismo obstétrico sofrido pelas mulheres negras na assistência pré-natal e ao parto: um estudo qualitativo

Rev. gaúcha enferm. (Online); 46 (), 2025
Publication year: 2025

ABSTRACT Objective:

To describe the obstetric racism suffered by black women as from their perceptions and experiences in prenatal and childbirth care.

Method:

A descriptive qualitative study was conducted from February to May 2021. The participants were 22 black women who lived in the municipalities of Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, and Salvador, who had a natural birth or cesarean section during the first year of the COVID-19. The semi-structured interviews were conducted via video conference and/or video call. These women were recruited through social networks. Thematic Analysis and references on racism in obstetric care guided the analytical process.

Results:

the participants suffered violence, mistreatment, negligence, racial discrimination, and prejudice during prenatal and childbirth care, causing negative experiences with attendance in public and private services.

The black women adopted strategies in the face of obstetric racism:

seeking maternity hospitals other than the reference units, changing the health professional and/or service of private health insurance, and hiring professionals for childbirth.

Conclusion:

obstetric racism manifests itself as violence, discrimination, and prejudice suffered by black women during prenatal, childbirth, and postpartum care. The confrontation of racism requires collective and collaborative actions from political, healthcare, professional, and educational health.

RESUMEN Objetivo:

Describir el racismo obstétrico sufrido por mujeres negras a partir de sus percepciones y experiencias en la atención prenatal y al parto.

Método:

Investigación cualitativa descriptiva realizada de febrero a mayo de 2021. Las participantes fueron 22 mujeres negras que vivían en los municipios de Río de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre y Salvador, cuyo parto normal o cesárea ocurrió durante el primer año de la COVID-19. Estas mujeres fueron reclutadas a través de las redes sociales. Las entrevistas semiestructuradas se realizaron por videoconferência y/o videollamada. El Análisis Temático y referentes cerca del racismo en la atención obstétrica orientaron el proceso analítico.

Resultados:

las participantes sufrieron violencia, maltrato, negligencia, discriminación racial y prejuicio durante la atención prenatal y del parto, lo que provocó experiencias negativas con la asistencia en servicios públicos y privados.

Las mujeres negras adoptaron estrategias frente al racismo obstétrico:

busca por las maternidades diferenciadas de las unidades de referencia, cambiando el profesional y/o servicio de salud suplementaria y contratando profesionales para el parto.

Conclusión:

el racismo obstétrico se manifiesta en forma de violencia, discriminación y prejuicios que sufren las mujeres negras durante la atención prenatal, el parto y el posparto. El enfrentamiento del racismo requiere acciones colectivas y colaborativas de los segmentos políticos, asistenciales, profesionales y educativos de la salud.

RESUMO Objetivo:

descrever o racismo obstétrico sofrido pelas mulheres negras a partir de suas percepções e experiências na assistência pré-natal e ao parto.

Método:

estudo qualitativo descritivo realizado entre fevereiro e maio de 2021. Participaram 22 mulheres negras que residiam nos municípios do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Salvador, cujo parto normal ou cesariana ocorreu durante o primeiro ano da COVID-19. Estas mulheres foram recrutadas pelas redes sociais. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas por videoconferência e/ou videochamada. A Análise Temática e referências sobre o racismo na atenção obstétrica orientaram o processo analítico.

Resultados:

as participantes sofreram violências, maus-tratos, negligências, discriminações raciais e preconceitos durante a assistência pré-natal e ao parto, causando experiências negativas em relação ao atendimento dos serviços públicos e privados.

As mulheres negras adotaram estratégias frente ao racismo obstétrico:

busca pelas maternidades diferenciadas das unidades de referência, mudança do profissional e/ou do serviço da saúde suplementar e contratação de profissionais para o parto.

Conclusão:

o racismo obstétrico se manifesta como violências, discriminações e preconceitos sofridos pelas mulheres negras durante a assistência pré-natal, ao parto e ao pós-parto. O enfrentamento do racismo requer ações coletivas e colaborativas dos segmentos políticos, assistenciais, profissionais e educacionais da saúde.