Rev. eletrônica enferm; 27 (), 2025
Publication year: 2025
Objetivos:
analisar a vivência de adolescentes na audição de vozes que outros não ouvem. Métodos:
estudo de análise documental, de abordagem qualitativa envolvendo o banco de dados de entrevistas de adolescentes em idade escolar, em Cuiabá, Brasil. A coleta de dados ocorreu em julho de 2022 e totalizou 49 entrevistas, sendo utilizada a análise de conteúdo para a análise dos dados. Resultados:
foram descritas pelos adolescentes experiências de audição de vozes acompanhadas de manifestações sensoriais; vozes que chamam pelo nome; sons não vocais; de pessoas conhecidas e não conhecidas; algumas vezes de conteúdo negativo. No contexto dessas vivências, são despertados sentimentos, como confusão, medo, ameaça, afeto e amizade, e formas de enfrentamento, como ignorar a voz e a espiritualidade. Conclusões:
a audição de vozes é uma experiência presente na adolescência e demanda da enfermagem ressignificar a compreensão sobre o fenômeno para (re)construir novas práticas de cuidado, mitigando a medicalização e a patologização da experiência.
Objectives:
to analyze the experience of adolescents hearing voices that others do not hear. Methods:
a qualitative documentary analysis study involving a database of interviews with school-age adolescents in Cuiabá, Brazil. Data collection took place in July 2022 and involved 49 interviews. Content analysis was used for data analysis. Results:
adolescents described experiences of hearing voices accompanied by sensory manifestations, voices calling out names, non-vocal sounds, sounds of known and unknown people, sometimes with negative content. In these experiences’ contexts, feelings such as confusion, fear, threat, affection, and friendship are awakened, as well as coping strategies such as ignoring the voice and spirituality. Conclusion:
hearing voices is an experience present in adolescence and requires nursing to reframe the understanding of the phenomenon to (re)construct new care practices, mitigating the medicalization and pathologization of the experience
Objetivos:
analizar las experiencias de adolescentes al escuchar voces que otros no pueden oír. Métodos:
estudio cualitativo de análisis documental basado en una base de datos de entrevistas con adolescentes en edad escolar en Cuiabá, Brasil. La recopilación de datos se realizó en julio de 2022 e incluyó 49 entrevistas. Se utilizó el análisis de contenido para el análisis de datos. Resultados:
los adolescentes describieron experiencias de escuchar voces acompañadas de manifestaciones sensoriales, voces que gritaban nombres, sonidos no vocales de personas conocidas y desconocidas, a veces con contenido negativo. En el contexto de estas experiencias, se despiertan sentimientos como confusión, miedo, amenaza, afecto y amistad, así como estrategias de afrontamiento como ignorar la voz y la espiritualidad. Conclusión:
escuchar voces es una experiencia presente en la adolescencia y requiere que enfermería replantee la comprensión del fenómeno para (re)construir nuevas prácticas de cuidado, mitigando la medicalización y patologización de la experiencia.