Práticas sexuais e o uso do preservativo entre mulheres com hiv/aids

Ciênc. cuid. saúde; 6 (4), 2007
Publication year: 2007

Trata-se de parte de uma pesquisa descritivo-qualitativa, que teve como um dos objetivos discutir a feminizaçãoda epidemia da aids e o seu reflexo nas práticas de cuidado em relação a essa doença, no que diz respeito às práticas sexuais no âmbito de relacionamentos entre soropositivos e sorodiscordantes, a partir dos depoimentos de mulheres soropositivas. A coleta de dados foi feita em um serviço de assistência especializada do rogramaDST/HIV/Aids de um município da Grande Florianópolis/SC. Participaram do estudo sete mulheres, maiores de18 anos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas. Após a análise de conteúdo,constituíram-se as seguintes categorias: “A vulnerabilidade antes da infecção do HIV” e “A vulnerabilidade após a infecção do HIV”. Os resultados indicam que as mulheres acreditam estar protegidas pela relação estável. Após a infecção, o preservativo foi requisitado para proteção contra contaminação pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis, e como método contraceptivo. Percebe-se a dificuldade de negociar este recurso decuidado junto a seus parceiros, mesmo se tratando de relações entre sorodiscordantes, evidenciando que asmulheres continuam reféns de sua vulnerabilidade, mesmo após a infecção.
It is part of a descriptive-qualitative research that had as one of the objectives to discuss the incidence of women with Aids and its reflex in the care practices in relation to that disease, in what concerns the sexual practices inthe extent of relationships involving HIV-positives and HIV-negatives, using testimonies from HIV-positive women.The data was collected in a Specialized Care Service of the STD/HIV/Aids Service in a county of the greaterFlorianópolis city, Santa Catarina, Brazil. The participants were seven women, all over 18 years of age. The datawas collected through semi-structured interviews. After the content analysis, the following categories wereconstituted: “Vulnerability before HIV infection” and “Vulnerability after HIV infection”. The results indicate thatwomen believe to be protected when they have a stable relationship. After the infection, condom is requested forprotection against HIV or other diseases sexually transmissible, and as a contraceptive method. One realizes thedifficulty in negotiating this care method with one’s partners, even in dealing with relationships among HIVnegatives,which evidences that women continue to be hostages of their own vulnerability, even after been infected.