Prevalência de interações medicamentosas em unidades de terapia intensiva no Brasil
Prevalence of drug interactions in intensive care units in Brazil

Acta paul. enferm; 26 (2), 2013
Publication year: 2013

OBJETIVO:

Determinar a prevalência de interações medicamentosas em unidades de terapia intensiva e analisar a significância clínica das interações identificadas.

MÉTODOS:

Estudo multicêntrico, transversal e retrospectivo desenvolvido com 1124 pacientes em sete unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais de ensino no Brasil. As informações sobre os medicamentos administrados com 24 horas e 120 horas de internação foram obtidas nas prescrições.

RESULTADOS:

Em 24 horas 70,6% dos pacientes apresentaram pelo menos uma interação medicamentosa. O número de interações medicamentosas detectadas em 24 horas foi 2299 e em 120 horas foi 2619. Midazolam, fentanil, fenitoína e omeprazol foram os fármacos com maior frequência de interações medicamentosas.

CONCLUSÃO:

Nesta amostra, interações medicamentosas moderadas e graves foram mais prevalentes. Diante desses resultados, todas as ações dos profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente devem ser integradas visando identificar e prevenir possíveis eventos a medicamentos.

OBJECTIVE:

To determine the prevalence of drug interactions in intensive care units and to analyze the clinical significance of interactions identified.

METHODS:

A multicenter, retrospective and cross sectional study conducted with 1124 patients in the seven intensive care units of teaching hospitals in Brazil. Information on drugs administered at 24 hours and 120 hours of hospitalization was obtained from the prescriptions.

RESULTS:

Within 24 hours, 70.6% of patients had at least one drug interaction; the number at 24h was 2299, at 120 h it was 2619. Midazolam, fentanyl, phenytoin and omeprazole were the drugs with higher frequency of drug interactions.

CONCLUSION:

In this sample, moderate and severe drug interactions were more prevalent. In light of these findings, all actions of health professionals who provide care to these patients must be integrated in order to identify and prevent possible drug events.