Desafios da politica, da gestão e da assistência para a promoção da saùde no cotidiano dos serviços
Management, assistance and policy challenges for health promotion in the daily practices
Promocion de la salud en los servicios cotidianos: retos de la politica, de la gestion y de la asistencia

REME rev. min. enferm; 16 (2), 2012
Publication year: 2012

Neste estudo, são analisadas as políticas públicas de promoção da saúde e sua repercussão na gestão distrital e local, com foco nas ações de promoção da saúde no cotidiano das práticas na rede básica de saúde. Este estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório de abordagem qualitativa, realizado nos municípios de Belo Horizonte e Contagem-MG. Para a coleta dos dados, foram utilizadas a análise documentale entrevistas com gestores, profissionais da atenção básica e usuários e acompanhamento de práticas bem-sucedidas de promoção da saúde, reconhecidas e indicadas pelos profissionais nos serviços nos quais atuam. Os resultados revelam que, no cotidiano dos serviços, as iniciativas de promoção da saúde são incipientes e se sustentam em concepções que a aproximam da visão de negação da doença. É significativa a distância entre a definição das políticas e a intencionalidade dos gestores de saúde no que se refere à promoção da saúde e às práticas cotidianas de gestão, assistência, participação e controle social dos serviços. A articulação intersetorial, condição para a promoção da saúde, é incipiente e representa um desafio. Conclui-se que a promoção da saúde constitui uma agenda com descontinuidades Daí a necessidade de ações estratégicas intersetoriais para sua efetivação, por meio das articulações que se estabelecem na política, na gestão e nas práticas profissionais.
This study aims at analyzing health promotion policies and their impact on local and district management. It focuses on the daily actions in health promotion in primary healthcare centers. It is a descriptive and exploratory study with a qualitative approach carried out in the municipalities of Belo Horizonte and Contagem, Minas Gerais. Data collection tools included document review and interviews with managers, primary healthcare professionals and users, as well as the following up of health promotion practices recommended by the professionals. Results demonstrate that initiatives for health promotion are incipient and based on conceptions that associate it with the denial of illness. There is a significant gap between definition of policies and the health managers' intentions with regards to health promotion, management practices, care, social participation and services control. Although it is an essential condition for health promotion, intersectional articulation is still incipient and represents a challenge. To conclude, health promotion remains a discontinuous agenda. Strategic intersectional actions that articulate policies, management and professional practices are essential for its implementation.
El presente estudio analiza las políticas públicas de salud y su impacto en la gestión local y distrital. Enfoca las acciones de promoción de la salud en las prácticas cotidianas del sistema básico de salud. Se trata de un estudio exploratorio descriptivo, de enfoque cualitativo, realizado en las ciudades de de Belo Horizonte y Contagem, Estado de Minas Gerais. La recogida de datos incluyó análisis de documentos y entrevistas a gestores, profesionales de la atención básica y usuarios y el seguimiento de prácticas de promoción de la salud reconocidas y recomendadas por los profesionales. Los resultados revelan que, en los servicios cotidianos, las iniciativas de promoción de la salud son incipientes y se basan en conceptos que las acercan a la idea de negación de la enfermedad. La brecha entre la definición de las políticas y la intención de los gestores es grande en cuanto a la promoción de la salud y las prácticas cotidianas de gestión, asistencia, participación y control social de los servicios. La articulación intersectorial, condición para la promoción de la salud, es incipiente y representa un reto. Se concluye que la promoción de la salud es una agenda discontinua y que, para su implementación, se precisan acciones estratégicas intersectoriales que articulen política, gestión y prácticas profesionales.