Doenças respiratórias em crianças após a Vacina Pneumocócica 10 - Valente
Respiratory diseases in children after the administration of 10 - valent pneumococcal conjugate vaccine
Enfermedades respiratorias en los niños después de la vacuna neumocócica 10 - valente

REME rev. min. enferm; 17 (4), 2013
Publication year: 2013

A infância é uma fase de mudanças. Principalmente maturação fisiológica do sistema respiratório e fatores internos e externos tornam as crianças menores de dois anos mais suscetíveis a desenvolver doenças respiratórias. O objetivo do presente estudo foi identificar a ocorrência de doenças respiratórias após a administração da vacina pneumocócica 10-valente em crianças menores de dois anos e correlacionar com as variáveis clínicas e sociodemograficas. A pesquisa foi realizada com 90 crianças menores de dois anos que já tinham recebido pelo menos três doses da vacina, atendidas em Unidades Básicas de Saúde no município de Imperatriz-MA. As variáveis quantitativas foram apresentadas em frequência e porcentagem. Para testar a associação das variáveis, foi utilizado o teste qui-quadrado. A maioria das crianças tinha mais de um ano de idade (52,2%), era de cor parda referida pelos responsáveis (71,1), com renda familiar acima de um salário mínimo (70,0%), escolaridade dos responsáveis entre 8 e 12 anos de estudo (62,2%), convive com fumantes (61,1%), não teve evento de internação hospitalar (63,3%). Quanto à ocorrência de doenças após a vacina, 32,3% desenvolveram algumas doenças respiratórias (pneumonia, meningite, otite e faringite). De acordo com os resultados encontrados, observa-se que quanto mais tarde foi iniciado o esquema vacinal, menos eficácia a vacina teve. Os resultados deste estudo evidenciam que há necessidade de avaliar outros aspectos que predispõem ao acometimento por doenças respiratórias, tais como as condições econômicas, sociodemográficas e nutricionais, e não somente relacionar as doenças à efetividade, duração ou idade de administração da vacina pneumocócica 10-valente.
Infancy is characterized by a series of changes. Physiologic maturation of the respiratory system as well as internal and external factors makes children under two years of age more susceptible to respiratory diseases. The objective of this study was to identify the occurrence of respiratory diseases after the administration of pneumococcal 10-valent conjugate vaccine in that age group and compare results with clinical and sociodemographic variables. The research was conducted with 90 children that had received at least three dosages of vaccine at Basic Health Units in the city of Imperatriz. Quantitative variables were expressed as frequency and percentage. To test the normality of the variables, the researchers used the chi-square test. The majority of the children aged over 1 year (52.2%); 71.1% were termed by parents/legal guardians as being of a lightbrown complexion; family income of 70.0% of the participants was above the minimum wage; legal guardians´ schooling ranged from eight to twelve years of education (62.2%); 61.1% of the children lived with smokers; 63.3% had no history of hospitalization. Regarding the occurrence of disease after vaccination, 32.3% developed some respiratory disease (pneumonia, meningitis, otitis media and pharyngitis). The results revealed that the later the vaccination, the lower the vaccine effectiveness. The study results indicate the need to analyse economic, demographic and nutritional aspects that might predispose to respiratory diseases, not only associate the diseases to the effectiveness, duration or age of administration of the pneumococcal 10-valent conjugate vaccine.
La infancia es una época de cambios. La madurez fisiológica del sistema respiratorio y factores internos y externos hacen que los niños menores de 2 años sean más propensos a las enfermedades respiratorias. El objetivo de este estudio fue identificar la incidencia de enfermedades respiratorias después de la vacuna 10-valente neumocócica en niños menores de dos años y su correlación con las variables clínicas y sociodemográficas. La investigación se realizó con 90 niños menores de 2 años que habían recibido al menos 3 dosis de la vacuna y estaban siendo atendidos en Unidades Básicas de Salud de la ciudad de Imperatriz, Estado de Maranhão. Las variables cuantitativas se presentan como frecuencias y porcentajes. Para comprobar la asociación entre las variables se realizó la prueba chi cuadrado. La mayoría de los niños tenía más de 1 año (52,2%), tez mate según sus responsables (71,1), ingreso familiar superior al sueldo mínimo (70,0%), instrucción de los responsables entre 8 y 12 años de educación (62,2%) convivía confumadores (61,1%) nunca había sido internado (63,3%).

Acerca de la incidencia de la enfermedad después de la vacunación:

el 32,3% tuvo algunas enfermedades respiratorias (neumonía, meningitis, otitis media y faringitis). Los resultados indican que cuánto más tarde se comience con la vacunación, menos eficaz será la vacuna. Los resultados también señalan que deben considerarse otros factores que predisponen a los niños a las enfermedades respiratorias tales como la situación económica, las condiciones sociodemográficas y nutricionales y que no hay que vincular estas enfermedades solamente a la eficacia de las vacunas, su duración o edad en que le dieron la antineumocócica 10 valente.