Estresse ocupacional no serviço de atendimento móvel de urgência
Occupational stress in the mobile emergency care service
Etrés ocupacional en servicios de atención móvil de urgencia

REME rev. min. enferm; 18 (2), 2014
Publication year: 2014

Este estudo busca avaliar os níveis de estresse ocupacional na equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da cidade de Marília, tratando-se de uma pesquisa de natureza descritiva e investigatória. A coleta de dados deu-se com base em uma ficha de identificação do participante e do instrumento Escala de Estresse no Trabalho, uma adaptação para o português do questionário original em inglês Job Stress Scale, elaborado em 1988 por Tõres Theorell. Os dados foram analisados utilizando-se o software EPIINFO versão 6.02. A população pesquisada foi composta de 60 indivíduos das diversas categorias profissionais (enfermeiras, técnicos de enfermagem, recepcionistas, médicos e motoristas). Em análise percebeu-se que os sujeitos apresentaram, ao mesmo tempo, altos níveis de demanda (exigências e pressões psicológicas exercidas pelo trabalho), controle (capacidade do indivíduo em empregar suas habilidades intelectuais para exercer seu trabalho e ter autoridade para decidir como realizá-lo) e apoio social (qualidade das relações desenvolvidas pelo sujeito com seus superiores e colegas de trabalho), configurando um estado em que o profissional vivencia seu trabalho de maneira ativa, havendo pouca probabilidade de manifestação do estresse ocupacional. Tais resultados diferem grandemente da impressão sustentada pelo público leigo e pelos próprios profissionais de saúde de outras áreas a respeito dos níveis de estresse relacionado ao trabalho no serviço de urgência e emergência, evidenciando a necessidade de se analisar os serviços de saúde sob o olhar científico, de maneira a desmistificar crenças e impressões que, muitas vezes, não condizem com a realidade.
La presente investigación descriptiva busca evaluar los niveles de estrés ocupacional en el equipo del Servicio de Atención Móvil de Urgencia (SAMU) de la ciudad de Marília. La recogida de datos fue realizada a través de una ficha de identificación del participante y de la herramienta Escala de Estrés en el Trabajo, una adaptación para el portugués del cuestionario original en inglés Job Stress Scale, elaborado en 1988 por Töres Theorell. Los datos fueron analisados por médio del software EPIINFO versión 6.02. Sesenta individuos de distintas categorias profesionales (enfermeras, técnicos de enfermería, recepcionistas, médicos y chóferes) integraron la población objeto de estudio. En el análisis se observó que los sujetos presentan, al mismo tiempo, altos niveles de demanda (exigencias y presiones psicógicas del trabajo), control (capacidad de emplear sus habilidades intelectuales para realizar su tarea y tener autoridad para decidir cómo hacerlo), y apoyo social (calidad de las relaciones establecidas por el sujeto con sus superiores y colegas de trabajo), configurando un estado en el cual el profesional vivencia su trabajo de manera activa, con pocas probabilidades de manifestar el estrés ocupacional. Dichos resultados difieren enormemente de la impresión que tienen el público en general y los profesionales de otras áreas sobre los niveles de estrés relacionados al trabajo en los servicios de urgencia y emergencia. Tal hecho pone en evidencia la necesidad de analizar los servicios de salud bajo la mirada científica, de manera a desmistificar creencias e impresiones que, muchas veces, no corresponden a la realidad.
This study aims to evaluate the levels of job stress among Marilia's Mobile Emergency Care Service professionals, consisting of an exploratory and descriptive study. Data collection was performed by a subject's identification formula and the instrument Escala de Estresse No Trabalho, an adaptation for Portuguese of the original questionnaire Job Stress Scale, created in 1988 by Töres Theorell. Data was analyzed using the software EPIINFO version 6.02. The research's population was composed of 60 individuals from different categories (nurses, nursing technicians, receptionists, physicians and drivers), and the analysis showed that the subjects have, at the same time, high levels of demand (exigencies and psychological pressures exerted by the job), control (the individual's capacity to use their intellectual abilities to exercise his or her work and have authority to decide how to do it) and social support (quality of the relationships established by the subject with their bosses and coworkers), consisting of a situation in which the professionals actively experience their work, with a low probability of job stress manifestation. These results remarkably differ from the impression sustained by nonprofessional people and even by health professionals of other specialties about the levels of stress related to the work on emergency, showing the necessity of analyzing the health services under a scientific point of view, in order to demystify beliefs and impressions that often do not match reality.