Controle da tolerância a glicose na nutriçäo parenteral

Rev. Esc. Enferm. USP; 14 (1), 1980
Publication year: 1980

Foram estudados prospectivamente 10 pacientes cirúrgicos näo diabéticos, submetidos a hiperalimentaçäo parenteral, no sentido de se determinar a incidência de intolerância a glicose durante este tratamento. Adicionalmente, compararam-se métodos de vigilância do metabolismo glicídico, a saber: glicosúria e glicemia, estimadas com fitas reagentes, e glicemia fornecida pelo "Auto-analyser", com o propósito de se estabelecer qual destes seria mais apropriada para uso rotineiro.

As conclusöes foram:

1) A incidência de intolerância a glicose, classificada com um ou mais episódios de glicosúria positiva, ou de glicemia superior a 180 mg/100 ml, foi de 60% aos doentes no primeiro dia, e de 80* na duraçäo total do tratamento; 2) A intolerância a glicose foi muito mais freqüentemente detectada pela glicosúria (com fita) do que pelo "Dextrostix" ou pela glicemia do "Auto Analyser, pois a glicosúria foi pesquisada com freqüência muito maior. Conclui-se que, embora a glucosúria possa refletir adequadamente o metabolismo da glicose em todas as circunstâncias , é o melhor exame para vigilância básica dos casos de nutriçäo parenteral, desde que a funçäo renal dos pacientes seja satisfatória, devido ao seu baixo custo e facilidade de utilizaçäo