Descrição e análise do acolhimento: uma contribuição para o Programa de Saúde da Família
Descripción y analisis del acogimiento: una contribuición para el Programa de Salud de la Familia

Rev. Esc. Enferm. USP; 38 (2), 2004
Publication year: 2004

O Programa de Saúde da Família prevê ações de saúde humanizadas, tecnicamente competentes e intersetorialmente articuladas, tornando fundamental "acolher". Este estudo objetivou identificar como se processa o "acolhimento" em Unidades de Saúde da Família, em São Paulo. Os sujeitos foram profissionais de saúde que realizavam "acolhimento" e os dados foram coletados através de observações e entrevistas. Os resultados apontaram que o "acolhimento" realiza uma escuta clínica, focalizada na queixa, com uma intervenção pontual, pouco resolutiva e não construtora de vínculo. É necessário repensar o "acolhimento", nos seus aspectos teóricos e práticos, para que este possa efetivamente se constituir em uma prática capaz de instaurar um modelo de saúde de "porta aberta" consoante com as diretrizes do SUS.
The humanist and efficient healthcare required by the Family Health Program makes the "embracement" essential. This study aimed to identify how the "embracement" was developed at Family Healthcare Services in Sao Paulo, SP. Brazil. The authors observed several "embracement" links and interviewed healthcare professionals. The results pointed out the clinical and biological focuses of the "embracement". They also showed that "embracement" resolution is limited and does not entail bounding. To make the healthcare services more accessible, according to the proposal of the National Health System, the theoretical and practical perspectives of the "embracement" must be reviewed.
El Programa de Salud de la Familia requiere atención humanizada y técnicamente competente, lo que hace fundamental "acoger". Este estudio tuvo como objetivo identificar el proceso de "acogimiento" en Unidades de Salud de la Familia en São Paulo, SP, Brasil. Los sujetos fueron profesionales que hacen el "acogimiento" y los datos fueron recolectados por medio de observaciones y entrevistas. Los resultados mostraron que el "acogimiento" realiza escucha clínica enfocada en la queja, con intervención limitada, poco resolutiva y que no construye vínculos. Es necesario repensar el "acogimiento", en sus aspectos teóricos y prácticos, para viabilizar el modelo de "puertas abiertas" como proponen las directrices del Sistema Único de Salud.