Eqüidade de gênero e saúde das mulheres

Rev. Esc. Enferm. USP; 39 (4), 2005
Publication year: 2005

Inicialmente são contadas duas histórias:

uma ocorrida na Idade Média, em Florença, Itália, e outra na década de 90, do século passado, no Rio de Janeiro, Brasil. Ambas referem-se ao princípio da Justiça, o pilar ético da Eqüidade. A partir daí é feita uma análise de gênero da situação de saúde das mulheres e o quanto ela reflete as iniqüidades advindas das condições de desigualdade social a que estão submetidas. Conclui que adotar a eqüidade de gênero como conceito ético associado aos princípios de justiça social e direitos humanos significa re-olhar o cotidiano de milhares de mulheres, indignar-se com o sofrimento e provocar transformações, sem confundir o direito à assistência digna e respeitável por serem, antes de tudo, cidadãs, com o imperativo de tê-las hígidas e produtivas, por serem geradoras e mantenedoras da força de trabalho presente e futura, de quem a sociedade depende para a geração da riqueza social.

Two stories are told:

one that took place in the Middle Ages in Florence, Italy, the other in the 90s in Rio de Janeiro, Brazil. Both refer to the principle of Justice, the ethical pillar of Equality. From them is developed a gender analysis of the women's health situation and how much it reflects the iniquities that result from the conditions of social inequality to which they are subjected. The conclusion is that the adoption of gender equality as an ethical concept associated with the principles of social justice and human rights means to look over the daily life of thousands of women, to be indignant with the suffering and to bring about transformation, without mixing the right for dignified and respectable assistance because they are being, before anything, citizens, with the need to be healthy and productive, for being generators and maintainers of the present and future work force, of whom society depends for generating social wealth.

IInicialmente se cuentan dos historias:

una ocurrida en la Edad Media, en Florencia-Italia, y otra en la década del 90, en Rio de Janeiro, Brasil. Ambas se refieren al principio de Justicia, el pilar ético de la Equidad. A partir de ahí se realiza un análisis de género de la situación de salud de las mujeres y lo que ella refleja en cuanto a las inequidades advenidas de las condiciones de desigualdad social a que están sometidas. Concluye que adoptar la equidad de género como concepto ético asociado a los principios de justicia social y derechos humanos significa volver a mirar el cotidiano de millares de mujeres, indignarse con el sufrimiento y provocar transformaciones, sin confundir el derecho a la asistencia digna y respetable por ser, antes de todo, ciudadanas, con el imperativo de tenerlas productivas, al ser generadoras y manutensoras de la fuerza de trabajo presente y futura, de quien la sociedad depende para la generación de la riqueza social.