A família na unidade de internação hospitalar: entre o informal e o instituído

Rev. Esc. Enferm. USP; 41 (3), 2007
Publication year: 2007

Estudo de abordagem comparada que utilizou duas etnografias já concluídas com o objetivo de identificar como as famílias percebem suas inserções na unidade de internação e como são percebidas pela equipe de saúde, considerando-se as regras e as normas da cultura institucional. Os resultados obtidos revelam que tanto as equipes quanto as famílias se aproximam ou se distanciam em face da concordância ou não das regras vigentes na instituição. Embora as famílias, em muitas situações, submetam-se aos regulamentos impostos pelo hospital e pela equipe, também usam resistências individuais e coletivas para enfrentar os mecanismos reguladores. Os resultados contribuem para aumentar a compreensão sobre o tema, tanto para a equipe de saúde quanto para a prática de enfermagem com famílias, especialmente no sentido de reconhecer as famílias como unidades ativas, responsáveis e coparticipantes na atenção intra-hospitalar.
This study uses a comparative approach, as well as two already concluded ethnographies, to achieve its objective of identifying how families perceive their insertion into the overnight stay unit in a hospital and how they are perceived by the health care team, considering the rules and regulations of the institutional culture. The results obtained show that teams and families get closer or more distant depending on whether there's agreement or disagreement regarding the hospital's governing rules. Although families, in many situations, subject themselves to the regulations imposed by the hospital and the health care team, they also use individual and collective resistances in order to confront the regulatory mechanisms. The results contribute to increase the comprehension of this theme, both for the health care team and for the practice of family nursing, especially in the sense of recognizing the family as an active, responsible, and co-participatory unit within intra-hospital care.
Un estudio de abordaje comparado que utilizó dos etnografías ya concluidas con el objetivo de identificar como las familias perciben sus inserciones en la unidad de internamiento y como éstas son percibidas por el equipo de la salud, considerándose las reglas y las normas de la cultura institucional. Los resultados obtenidos revelan que tanto los equipos cuanto las familias se aproximan o se distancian en torno del acuerdo o no de las reglas vigentes en la institución. Aunque, las familias en muchas situaciones, se sometan a los reglamentos impuestos por el hospital y por el equipo, también, usan resistencias individuales y colectivas para que ellos enfrenten los mecanismos reguladores. Los resultados contribuyen para aumentar la comprensión sobre el tema, tanto para el equipo de la salud, cuanto para la práctica de la enfermería con las familias, especialmente, en el sentido de reconocer a las familias como unidades activas, responsables y co-participantes en la atención intrahospitalar.