Violência física por parceiro íntimo na gestação: prevalência e alguns fatores associados
Violencia física por el compañero íntimo en el embarazo: prevalencias y algunos factores asociados
Intimate Partner Violence Perpetrated during Pregnancy: Prevalence and Several Associated Factors

Aquichan; 15 (3), 2015
Publication year: 2015

Identificar alguns fatores associados com a violência física por parceiro íntimo na gestação. Estudo transversal, com 358 puérperas residentes no município de Maringá (Paraná), atendidas pelo Sistema Único de Saúde, em que foi utilizado o instrumento World Health Organization Violence Against Women. A análise de associação foi realizada por meio do Odds Ratio OR. A prevalência da violência física por parceiro íntimo na gestação foi de 7,5%, sendo maior entre as multigestas (89%; OR = 6,3; p<0,001). Houve associação significativa da violência física por parceiro íntimo na gestação com não ter religião (OR = 3,1; p = 0,008), ter fumado na gestação (OR = 2,7, p = 0,025) e ter filhos de outro parceiro (OR = 3,4; p = 0,011). Com relação às características do companheiro, houve associação com o companheiro não ter trabalhado durante a gestação (OR = 8,2; p<0,001) e uso de drogas ilícitas (OR = 3,1, p = 0,031). Os profissionais de saúde que atendem no pré-natal devem investigar possíveis ocorrências de violência física na gestação, principalmente em mulheres multigestas, e oferecer atenção multidisciplinar extensiva à família, do planejamento familiar ao cuidado psicossocial.
Identificar algunos factores asociados a la violencia física por compañero íntimo en el embarazo. Estudio trasversal con 358 puérperas habitantes del municipio de Maringá (Paraná, Brasil), atendidas por el Sistema Único de Salud, en el que se utilizó el instrumento World Health Organization Violence Against Women. El análisis de asociación se realizó por medio del Odds Ratio (OR). La prevalencia de la violencia física por compañero íntimo en el embarazo fue de 7,5%, siendo mayor entre las multigestas (89%; OR = 6,3; p<0,001). Hubo asociación significativa de la violencia física por compañero íntimo en el embarazo con no tener religión (OR = 3,1; p = 0,008), haber fumado en el embarazo (OR = 2,7, p = 0,025) y haber tenido hijo de otra pareja (OR = 3,4; p = 0,011). En relación con las características de la pareja, hubo asociación con el no haber trabajado durante el embarazo OR = 8,2; p<0,001) y el uso de drogas ilícitas (OR = 3,1, p = 0,031). Los profesionales de salud que atienden en el prenatal deben investigar posibles ocurrencias de violencia física en el embarazo, sobre todo en mujeres multigestas, y ofrecer atención multidisciplinaria extensiva a la familia, desde la planeación hasta el cuidado psicosocial.
The purpose of this research was to identify some of the factors associated with intimate partner violence perpetrated during pregnancy. This is a cross-sectional study of 358 puerperae residing in the city of Maringa (Parana, Brazil), who were being served by the Unified Health System. The World Health Organization Violence against Women Instrument was used. An association analysis was performed using the Odds Ratio (OR). The prevalence of intimate partner physical violence during pregnancy was 7.5%, being higher among women who have had multiple pregnancies (89%; OR = 6.3; p < 0.001). A significant association was found between intimate partner physical violence during pregnancy and lack of religion (OR = 3.1; p = 0.008), smoking during pregnancy (OR = 2.7, p = 0.025) and having had a child with another partner (OR = 3.4; p = 0.011). As for the characteristics of the couple, there was an association with the male partner not having worked during the pregnancy (OR = 8.2; p <0.001) and with the use of illicit drugs (OR = 3.1, p = 0.031). Health professionals who provide prenatal care should investigate possible instances of physical violence during pregnancy, especially among women who have had multiple pregnancies, and offer extensive multidisciplinary care for the family, ranging from planning to psychosocial assistance.