Assistência ao parto sob a ótica das mulheres atendidas em um hospital público
Asistencia al parto desde el punto de vista de las mujeres atendidas en un hospital público

Rev. cuba. enferm; 30 (3), 2014
Publication year: 2014

Introdução:

nas últimas décadas, notadamente a partir dos anos 1970, com o ressurgimento do movimento feminista, tem lugar as críticas à ideologia da maternidade, tendo como focos a desapropriação do próprio corpo pelas mulheres e o exercício da reprodução como um direito que inclui necessariamente, o acesso a serviços de saúde de qualidade.

Objetivos:

analisar a assistência ao parto sob a ótica das mulheres atendidas em um hospital público de ensino da cidade do Recife-Pernambuco, Brasil. Caracteriza-se como descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa.

Métodos:

estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada a vinte mulheres em um hospital público da cidade do Recife-Pernambuco, Brasil, no ano de 2011 e posteriormente analisados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo.

Resultados:

mostram o desejo dessas mulheres em serem bem atendidas, enfatizaram os cuidados ofertados no parto por enfermeiras que rompem com a fragmentação e medicalização anteriores, favorecendo a compreensão do parto como um evento fisiológico. As mulheres mostraram sua indignação com a imposição de condutas, verticalização de ações, e a falta de respeito à autonomia no processo decisório.

Conclusões:

no cenário de uma assistência ao parto marcada por diferentes modelos de atenção, coexistem profissionais que prestam o cuidado de forma integral e outros que reafirmam opressão e poder sobre o corpo da mulher, institucionalizado pelo modelo biomédico(AU)

Introducción:

en las últimas décadas, notablemente a partir de los años 70, con el resurgimento del movimento feminista han tenido lugar críticas a la ideología de la maternidad, cuyo foco ha sido la desapropriación del derecho de las mujeres en el ejercicio de la reproducción como un derecho que incluye necesariamente el acceso a servicios de salud de calidad.

Objetivo:

analizar la asistencia al parto desde el punto de vista de mujeres atendidas en un hospital público de enseñanza de la ciudad de Recife-Pernambuco, Brasil.

Métodos:

estudio descriptivo, exploratorio y con abordaje cualitativo. Datos recolectados mediante entrevista semiestructurada a veinte mujeres de la ciudad de Recife, Pernambuco, Brasil, en el año de 2011, y analizados mediante la técnica del Discurso del Sujeto Colectivo.

Resultados:

las mujeres del estudio mostraron el deseo de ser bien atendidas, hicieron hincapié en la atención ofrecida por las enfermeras en el parto, que rompe la fragmentación de la misma y medicalización, fomentando la comprensión del parto como un evento fisiológico. Las mujeres mostraron su indignación por la imposición de enfoques, acciones verticales y la falta de respeto a la autonomía en la toma de decisiones.

Conclusiones:

en una asistencia al parto marcada por diferentes modelos de atención, coexisten profesionales que prestan el cuidado de forma integral y otros que manifiestan opresión y poder sobre la mujer, institucionalizada por el modelo biomédico(AU)

Objective:

analyze the delivery care from the perspective of women attended in a public teaching hospital.

Method:

It is characterized as descriptive, exploratory study with a qualitative approach. Data were collected through a semi-structured interview of twenty women, in Recife, Pernambuco, Brazil, in 2011 and subsequently analyzed using the Collective Subject Discourse.

Results:

show the desire of these women to be well met, emphasized the care offered by nurses at delivery that breaks the previous fragmentation of these and medicalization, fostering understanding of childbirth as a physiological event. The women showed their outrage at the imposition of approaches, vertical actions, and lack of respect for autonomy in decision making.

Conclusions:

in scenario of assistance to delivery marked by different care model, professionals who provide care holistically and others reaffirming oppression and power over women's bodies institutionalized by the biomedical model coexist(AU)