Abortamento: nossa realidade

Rev. enferm. UERJ; 5 (1), 1997
Publication year: 1997

O presente trabalho foi realizado no hospital Universitário de Rio Grande, tendo por objetivos traçar o perfil das mulheres que ineternam por sangramento vaginal decorrente de abortamento, podendo ser estes espontâneos ou provocados; levantar os dados obstétricos relacionados a elas; detectar as complicaçöes mais frequentes, o tratamento predominante e tempo de permanência hospitalar. Analisou-se os prontuários de todas as pacientes internadas por este motivo, no período de primeiro de janeiro a trinta de junho de 1995, totalizando 46 prontuários nestes seis meses. Verificamos que a maioria das mulheres se encontram na faixa etária entre 31 e 35 anos, säo casadas, do lar, renda familiar de 0 a 2 salários-mínimos. A menarca ocorreu aos 11-12 anos, início de atividade sexual 18-19 anos, idade gestacional no momento da internaçäo entre 8 e 16 semanas, multigestas, com abortos anteriores. As complicaçöes mais frequentes foram hemorragias vaginais e infecçöes, os tratamentos que predominaram foram o cirúrgico (curetagem) e o clínico (antibioticoterapia), o tempo de permanência hospitalar variou entre um e dez dias.