Adesão à terapêutica anti-retroviral por indivíduos com HIV/AIDS assistidos em uma instituição do interior paulista

Rev. latinoam. enferm; 13 (5), 2005
Publication year: 2005

A adesão indevida à terapêutica anti-retroviral acarreta sérios agravos aos indivíduos com aids. Assim, objetivou-se identificar os determinantes (facilitadores/dificultadores) da adesão aos anti-retrovirais atribuídos pelos indivíduos com aids, seguidos em um hospital universitário do interior paulista. Constituíram sujeitos 200 usuários de anti-retrovirais há pelo menos 6 meses. Os dados foram coletados mediante entrevista semi-estruturada, individual e analisados quali-quantitativamente. Dos participantes, 59 por cento eram do sexo masculino; idade média 38,2 anos, 51 por cento cursaram ensino fundamental incompleto; 50,5 por cento não exerciam atividade remunerada. Usavam anti-retrovirais em média há 5 anos. A quantidade diária de comprimidos variou de 3 a 24.

As principais dificuldades apontadas:

sabor, tamanho, quantidade, odor dos comprimidos (40 por cento); efeitos colaterais intensos (14,4 por cento); fatores psicológicos (13,7 por cento); diferentes horários de medicação (10,8 por cento). Quanto às facilidades, destacam-se horários coincidentes dos comprimidos (26,2 por cento); nenhuma facilidade (16,4 por cento), ingestão condicionada a algum hábito (16 por cento). A enfermagem deve incrementar ações de vigilância supervisionada e educacionais interventivas.