Women experiencing the intergenerationality of conjugal violence
Mulheres vivenciando a intergeracionalidade da violência conjugal
Mujeres experimentando la intergeneracionalidad de la violencia conyugal

Rev. latinoam. enferm. (Online); 23 (5), 2015
Publication year: 2015

Objective:

to analyze the family relationship, in childhood and adolescence, of women who experience conjugal violence.

Method:

qualitative study. Interviews were held with 19 women, who were experiencing conjugal violence, and who were resident in a community in Salvador, Bahia, Brazil. The project was approved by the Research Ethics Committee (N. 42/2011).

Results:

the data was organized using the Discourse of the Collective Subject, identifying the summary central ideas: they witnessed violence between their parents; they suffered repercussions from the violence between their parents: they were angry about the mother's submission to her partner; and they reproduced the conjugal violence. The discourse showed that the women witnessed, in childhood and adolescence, violence between their parents, and were injured both physically and psychologically. As a result of the mother's submission, feelings of anger arose in the children. However, in the adult phase of their own lives, they noticed that their conjugal life resembled that of their parents, reproducing the violence.

Conclusion:

investment is necessary in strategies designed to break inter-generational violence, and the health professionals are important in this process, as it is a phenomenon with repercussions in health. Because they work in the Family Health Strategy, which focuses on the prevention of harm and illness, health promotion and interdepartmentality, the nurses are essential in the process of preventing and confronting this phenomenon.

Objetivo:

analisar a relação familiar, na infância e adolescência, de mulheres que vivenciam violência conjugal.

Método:

estudo qualitativo. Foram entrevistadas 19 mulheres, em vivência de violência conjugal, residentes em uma comunidade de Salvador, Bahia, Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº 42/2011).

Resultados:

os dados foram organizados pelo método Discurso do Sujeito Coletivo, identificando-se as ideias centrais síntese: presenciaram violência entre os pais; sofreram repercussões da violência entre os pais; indignaram-se com a submissão da mãe ao companheiro; e reproduziram a violência conjugal. O discurso mostrou que as mulheres presenciaram, na infância e adolescência, violência entre os pais, sendo agredidas fisicamente e moralmente. Diante da submissão da mãe surgiram sentimentos de indignação dos filhos. No entanto, na fase adulta, perceberam que sua vida conjugal assemelha-se a dos pais, reproduzindo a violência.

Conclusão:

é necessário o investimento em estratégias de rompimento da violência intergeracional, e os profissionais de saúde têm importância neste processo, por ser um fenômeno com repercussão na saúde. Por atuarem na Estratégia Saúde da Família, que foca na prevenção de agravos e doenças, promoção da saúde e intersetorialidade, os enfermeiros são essenciais no processo de prevenção e enfrentamento deste fenômeno.

Objetivo:

analizar la relación familiar, en la infancia y adolescencia, de mujeres que experimentan violencia conyugal.

Método:

estudio cualitativo. Fueron entrevistadas 19 mujeres, experimentando violencia conyugal, residentes en una comunidad de Salvador, Bahía, Brasil. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación (nº 42/2011).

Resultados:

los datos fueron organizados por el método Discurso del Sujeto Colectivo, identificando las ideas centrales sintetizadas: presenciaron violencia entre los padres; sufrieron repercusiones de la violencia entre los padres; se indignaron con la sumisión de la madre al compañero; y reprodujeron la violencia conyugal. El discurso mostró que las mujeres presenciaron, en la infancia y adolescencia, violencia entre los padres, siendo agredidas físicamente y moralmente. Delante de la sumisión de la madre surgieron sentimientos de indignación de los hijos. Sin embargo, en la fase adulta, percibieron que su vida conyugal se asemeja a la de sus padres, reproduciendo la violencia.

Conclusión:

es necesario realizar inversiones en estrategias de rompimiento de la violencia intergeneracional, y los profesionales de la salud tienen importancia en este proceso, por ser un fenómeno con repercusión en la salud. Por actuar en la Estrategia Salud de la Familia, que tiene enfoque en la prevención de daños y enfermedades, promoción de la salud e intersectorialidad, los enfermeros son esenciales en el proceso de prevención y enfrentamiento de este fenómeno.