O imaginário sobre o trabalho dos gêneros profissionais: a vertente do sofrimento e do prazer no trabalho da(o) enfermeira(o)

Texto & contexto enferm; 11 (1), 2002
Publication year: 2002

O trabalho da(o) enfermeira(o) apresenta-se como um processo complexo que envolve, de um lado o cliente e de outro um profissional cercado por todo tipo de apresentações imaginárias, distante das expectativas profissionais. O artigo procurou refletir sobre as formas imaginárias do quotidiano no exercício profissional, tendo como objetivo discutir o processo de trabalho dos gêneros profissionais da enfermagem, contemplando as possibilidades e prejuízos relacionados a saúde dos seus trabalhadores. Como contribuição o texto aponta para possibilidades de análise do prazer e do sofrimento pela vertente do quotidiano e do imaginário das relações de gênero no ambiente profissional; chama atenção para a evidencia de resistências históricas ao seu processo de trabalho destacando uma variedade de condicionantes sócio-culturais e políticas que escapam a ordem formal e que convivem no dia-a-dia desses profissionais, independentemente de gênero, contribuindo para desviar e afastar o trabalho da(o) enfermeira(o) da composição imaginária idealizada e supostamente aspirada no conjunto dos profissionais e na sociedade. A direção indicada é aquela que contempla a vertente do prazer no trabalho, que implica num mergulho nas concepções imaginária sobre o sofrimento quotidiano dos profissionais. Deixa ainda para reflexão alternativas que dêem satisfação ao exercício pleno da profissão. Um mergulhar no Iodo do sofrimento para encontrar respostas nas águas cristalinas do prazer no trabalho...
The nurse's work express itself as a complex process that involves, the client in one side and in the other side a professional fenced in by many categories of imaginary presentations, distant from professionals expectations. The article tried to reflect about the quotidian's imaginary forms in professional practice, having as a purpose discuss about the work process of nursing's professional genders contemplating the means and damages related to worker's health. As a contribution, the text demonstrates the possibility of analyzing pleasure and suffering by means of quotidian and imaginary genders relations in the professional environment; draws attention to the evidence of historic resistance in gender's work process emphasizing a variety of social-cultural and political standings that break away from formal order and that live in those professional's day-by-day, independently of gender, collaborating to deflect the nurse's work from the imaginary compound idealized and supposedly expected by the professional group in society. The direction indicated by the author is the one that contemplates work as a source of pleasure thus implying the need to dive into an imaginary conception about the quotidian nurses suffering. The text leaves to reflection alternatives that give satisfaction to the professional practice by proposing a dive into the mud of pain to find the answers in crystalline waters of the work pleasure...
El trabajo de la(del) enfermera(o) se presenta como un proceso complejo que involucra por um lado al cliente y del otro lado un profesional rodeado por todo tipo de presentaciones imaginarias, distante de las expectativas profesionales. El artículo busca reflexionar sobre las formas imaginarias del cotidiano en el ejercicio profesional, teniendo como objetivo discutir el proceso de trabajo de los géneros profesionales de enfermería, considerando las posibilidades y los daños relacionados a la salud de sus trabajadores. Como contribución, el texto apunta para las posibilidades de análisis del placer y del sufrimiento en el cotidiano y en el imaginario de las relaciones de género en el ambiente profesional; llama la atención para la evidencia de resistencias históricas a suproceso de trabajo, destacando una variedad de condicionantes socio-culturales y políticas que escapan al orden formal y que coexisten en el cotidiano de estos profesionales, independientemente del género, contribuyendo a desviar y relegar el trabajo de la(del) enfermera(o) de la composición imaginaria idealizada, y supuestamente deseada en el conjunto de los profesionales y en la sociedad. La dirección que indicamos es aquella que considera la fuente del placer en el trabajo, que implica una inmersión en la concepción imaginaria sobre el sufrimiento cotidiano de la profesión. Deja aún para reflexión alternativas que den satisfacción al ejercicio pleno de la profesión. Un salto en el lodo del sufrimiento para encontrar respuestas en las aguas cristalinas del placer en el trabajo...