Ser mulher cuidadora de criança com AIDS: compreensões existenciais à luz da filosofia de Buber
Ser mujer cuidadora de niños con SIDA: comprensiones existenciales a la luz de la filosofía de Buber
Texto & contexto enferm; 17 (3), 2008
Publication year: 2008
Estudo qualitativo fenomenológico que buscou compreender o que é ser familiar cuidadora de uma criança com Aids, à luz do referencial filosófico de Martin Buber. As informantes foram sete mulheres, selecionadas de forma intencional junto ao hospital-escola de Porto Alegre - RS. A coleta das informações ocorreu entre setembro e outubro de 2006 por meio da entrevista fenomenológica e, para a interpretação, recorreu-se à filosofia hermenêutica. Emergiram cinco unidades de significação. Ser familiar de criança com Aids revela-se um fenômeno existencial complexo de mudanças, cuidados, diálogos e preocupações, na busca por um estar-melhor de ambos, no mundo. Compreende-se este cuidar como fenômeno também complexo, parte da existencialidade da mulher e da comunidade familiar. Ainda, considera-se a possibilidade de valorização da relação inter-humana entre o EU e o TU e do diálogo existencial para o cuidado humanístico.
This qualitative and phenomenological study sought to better understand what it is to be a family-member/caregiver of a child with AIDS, according to Martin Buber's philosophy. The participants in the study were 7 women, chosen by an intentional selection criterion from a university hospital in Porte Alegre - RS, Brazil. The phenomenological interviews with participants were carried out between September and October of 2006, and hermeneutic philosophy was applied for data interpretation. According to data analysis, five units of significance emerged. Being a family member of a child with AIDS reveals a complex existential phenomenon of changes, care, dialogues, and concerns in search of being-better of both in the world. We understand that this care is also a complex phenomenon, part of the existentialism of women and the family community. In conclusion, we believe that valuing the inter-human relationship between I-YOU, and the existential dialogue to humanistic caring is possible.
Estudio de carácter cualitativo fenomenológico, que buscó comprender, según el referencial filosófico de Martin Buber, lo qué es ser familiar cuidadora de un niño con SIDA. Las informantes fueron siete mujeres, seleccionadas de forma intencional, en el hospital-escuela de Porto Alegre - RS. La recolección de las informaciones fue hecha en los meses de septiembre y octubre de 2006, por medio de entrevista fenomenológica, y para su interpretación, se recurrió a la filosofía hermenéutica. Surgieron cinco unidades de significación. Ser familiar de un niño con SIDA se revela un fenómeno existencial complejo de cambios, cuidados y preocupaciones, en la búsqueda por un estar-mejor de ambos en el mundo. Ese cuidar se comprende como siendo un fenómeno también complejo, que forma parte de la existencia de la mujer y de la comunidad familiar. Además, se considera la posibilidad de valorar la relación interhumana entre el YO y el TÚ, y el diálogo existencial para el cuidado humanístico.