Em defesa da sociedade: a invenção dos cuidados paliativos e os dispositivos de segurança
In defense of society: the invention of palliative care and safety devices
En defensa de la sociedad: la invención de los cuidados paliativos y los dispositivos de seguridad

Texto & contexto enferm; 22 (2), 2013
Publication year: 2013

O artigo propõe pensar o corpo de conhecimentos dos cuidados paliativos como uma invenção, que funcionaria como uma das táticas inseridas em uma estratégia biopolítica constituída para defender a sociedade. Para articular tal discussão, utilizamos o manual de cuidados paliativos, publicado no ano de 2007 pela Organização Mundial da Saúde. A partir da análise textual do discurso instituído pelo manual, com o auxílio do referencial dos Estudos Culturais e sob a inspiração dos escritos de Michel Foucault, articulamos uma das possíveis leituras do guia. A partir do entrecruzamento de materialidades e enunciados, observa-se a (re)organização e a (re)invenção de uma disciplina que investe na subjetividade dos indivíduos constituindo aparatos de verdade pretendendo defender a vida.
The article proposes thinking the corpus of knowledge on palliative care as an invention that would work as one of the tactics inserted in a bio-political strategy constituted in order to defend society. For the articulation of this discussion, the 2007 edition of the palliative care manual was used, published by the World Health Organization. Starting from the textual analysis of the discourse in the manual, with the help of the reference framework of cultural studies and inspired on the works by Michel Foucault, the study articulates one of the possible readings of the guide. Based on the crossing between material information and statements, one observes the re(organization) and (re)invention of a discipline that invests in the subjectivity of individuals, constituting apparatuses of truth in the intent to defend living.
El artículo propone pensar el corpus de conocimientos de los cuidados paliativos como una invención, que funcionaría como una de las tácticas inseridas en una estrategia bio-política constituida para defender la sociedad. Para articular tal discusión se utilizó el manual de cuidados paliativos, publicado el año 2007, por la Organización Mundial de la Salud. A partir del análisis textual del discurso instituido por el manual, con el auxilio del referencial de los estudios culturales e con inspiración en los escritos de Michel Foucault, se articuló una de las posibles lecturas del guía. A partir del cruzamiento de materialidades y enunciados se pasó a observar la (re)organización y la (re)invención de una disciplina que invierte en la subjetividad de los individuos constituyendo aparatos de verdad intentando defender la vida.